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Após Arezzo (ARZZ3) anunciar oferta, investidor tenta forçar redução do preço, diz analista

Papel fechou o pregão desta quinta-feira em baixa de 2,74%, a R$ 79,67

Foto: Divulgação

As ações da Arezzo (ARZZ3) fecharam o pregão desta quinta-feira (27) em queda de 2,74%, a R$ 79,67, depois de a empresa anunciar uma oferta secundária de ações (follow-on) que pode levantar até R$ 830 milhões.

Na visão de Murilo Breder, analista da Nu Invest, a desvalorização dos papéis não necessariamente quer dizer que o mercado reprovou o anúncio do follow-on, mas pode estar diretamente ligada à oferta.

“É normal que ocorra uma certa pressão negativa no preço das companhias que anunciam follow-on, porque quem define o preço é o investidor institucional”, diz o analista. Isto é, em busca de poder adquirir ações a um preço mais baixo na oferta secundária, o mercado tenta forçar uma redução do preço.

No caso da oferta da Arezzo, aponta o analista, isso pode ser ainda mais forte, uma vez que a oferta, baseada na Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), será restrita a investidores institucionais.

A precificação das ações ocorrerá em 3 de fevereiro. “Normalmente temos essa pressão negativa durando até o dia de fixação do preço. Depois do fechamento, o mercado reajusta essa diferença, e aí vida que segue”, diz Breder.

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Além disso, a queda dos papéis pode ser reflexo de um movimento de realização de lucros. A ação, ressalta o analista, vem tendo fortes altas de maneira quase ininterrupta desde 19 de janeiro. No ano até aqui, o saldo do papel é de alta de 3,78%.

Sobre o follow on em si, o mercado parece ter gostado do anúncio. O Goldman Sachs, por exemplo, considerou movimentação positiva. Por meio de relatório publicado nesta quinta-feira, os analistas do banco afirmam que “os novos recursos devem dar à empresa maior flexibilidade para perseguir seus planos de crescimento orgânico e potencial adicional inorgânico, em sua ambição de construir uma casa de marcas em calçados e vestuário”.

De fato, segundo a própria empresa, os recursos serão destinados a fusões e aquisições, investimentos em tecnologia, centro de distribuição, abertura de lojas e abastecimento das marcas.

O Goldman Sachs reitera que sua recomendação é para comprar os papéis. A instituição enxerga um potencial de valorização de 41%, com preço-alvo de R$ 113. E o otimismo parece quase consenso no mercado.

De acordo com os dados compilados pelo Refinitiv, apresentados na plataforma do TradeMap, 13 analistas acompanham a Arezzo. Desses, 12 recomendam a compra das ações, sendo que apenas um indica a manutenção da posição acionária.

O preço-alvo mediano aponta para R$ 105, um upside de 32%. Mesmo a previsão mais pessimista, de R$ 91, mostra que as ações estão sendo negociadas abaixo do seu valor justo.

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