Apesar de juros em alta, Moura Dubeux (MDNE3) tem recorde de vendas em 2021

Em 2021, as ações da companhia acumularam perdas de 49,66%

Foto: Pixabay

Apesar de 2021 ter sido um ano difícil para as ações das construtoras e incorporadoras, que têm sofrido com os juros mais altos e a inflação, a Moura Dubeux, de Recife (PE), encerrou o ano passado com o maior volume de vendas desde a sua fundação, em 1983, ao atingir a marca de R$ 1,3 bilhão.

O resultado foi publicado na noite desta quarta-feira, dia 12, em comunicado que também traz os números preliminares da empresa para o quarto trimestre. Nos últimos três meses de 2021, a Moura Dubeux anotou R$ 341 milhões em vendas.

Quanto aos lançamentos realizados no quarto trimestre, foram R$ 182 milhões em valor geral de vendas (VGV), o indicador do setor para calcular o potencial de vendas de um lançamento. No ano todo, foram R$ 1,1 bilhão.

A venda sobre oferta (VSO) — indicador que mede o quanto foi vendido em relação ao que foi ofertado — ficou em 71,9% no quarto trimestre e 67,9% no ano. O total de distratos (cancelamentos) foi de R$ 28 milhões no trimestre, o que corresponde a 7,7% das vendas.

As ações do setor imobiliário tiveram um 2021 para esquecer. As empresas foram pressionadas pela alta dos juros de longo prazo, que têm mais impacto sobre os financiamentos de imóveis e acabam enfraquecendo a demanda. As construtoras também apanharam da inflação, que encareceu o custo de materiais essenciais para as obras.

Desde seu IPO em fevereiro de 2020, a ação da Moura Dubeux acumula perdas de 73,3%, enquanto em 2021 o papel teve desvalorização de 49,66%. No fechamento desta quarta-feira, a ação era cotada a R$ 4,94, em alta de 8,81%.

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