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Americanas (AMER3) diminui prejuízo no trimestre e detalha impacto de ataque hacker

Vendas totais (GMV) cresceram 22% no período, para R$ 14,202 bilhões

Foto: Divulgação

A Americanas (AMER3) contrariou as expectativas de boa parte do mercado e reduziu seu prejuízo em 38,8% no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado.

As perdas entre janeiro e março deste ano somaram R$ 137,7 milhões, de acordo com o balanço da companhia, publicado na noite desta quinta-feira (12).

O prejuízo da varejista foi menor do que as expectativas dos analistas, que esperavam um maior impacto das despesas financeiras sobre o resultado. O Bank of America (BofA), por exemplo, projetava um prejuízo de R$ 228 mil, 40% acima do reportado.

A receita líquida terminou o trimestre em R$ 6,765 bilhões, alta de 28,5% contra o mesmo período de 2021.

Já o Ebitda ajustado cresceu 58% entre janeiro e março, contra os mesmos três meses de 2021, para R$ 660 milhões, valor recorde para a companhia em um primeiro trimestre.

No relatório de resultados, a companhia detalha que o impacto negativo da inflação nas despesas, que subiram 17% no trimestre, foi compensado pelos ganhos com as sinergias da combinação de negócios com a B2W, pelas iniciativas de crescimento sustentável, e pela monetização da Ame, plataforma de serviços financeiros da Americanas.

E o ataque hacker?

As vendas totais (GMV) da Americanas no primeiro trimestre cresceram 22% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 14,202 bilhões. Do total, as vendas físicas responderam por R$ 3,205 bilhões, uma alta de 27,7% na base anual, enquanto as vendas digitais (que inclui a de parceiros) subiram 20,1% na base anual, para R$ 11 bilhões.

O crescimento das vendas, de acordo com a companhia, resulta de uma boa performance em todas as plataformas de negócio, mesmo diante de uma base desafiadora, depois dos resultados positivos do primeiro trimestre do ano passado, e dos impactos do incidente de segurança que a Americanas sofreu em fevereiro.

Relembre:
Americanas (AMER3): antes de ataque hacker, e-commerce crescia em ritmo acelerado; ações voltam a cair

Em 19 de fevereiro, a Americanas foi obrigada a suspender as vendas em suas plataformas digitais por alguns dias após sofrer um ataque hacker. Isso, segundo a companhia, impactou as vendas na segunda quinzena do mês – desconsiderando esse efeito, a estimativa da empresa é que as vendas digitais teriam crescido em 30%, em vez de 20,1%.

A companhia menciona também a baixa dependência de algumas categorias de ticket médio alto, a alta recorrência e a credibilidade da marca como fatores que jogaram a seu favor.

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