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Americanas (AMER3) aposta em eventos como black friday e Copa do Mundo para bombar vendas até dezembro

Vendas digitais limitam crescimento da empresa no 2º trimestre, mas datas especiais podem sustentar o 2º semestre

Foto: Shutterstock

As vendas no e-commerce com estoque próprio (1P) da Americanas (AMER3) recuaram 7,6% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Elas foram pressionadas pelo cenário de inflação em alta, que corrói o poder de compra dos consumidores e afeta a demanda pelos produtos dessa operação, com preços médios mais elevados.

Esse recuo, contudo, foi compensado pelo crescimento das vendas em outras categorias, que levou o valor geral das mercadorias vendidas (GMV) e a receita líquida da varejista a uma expansão anual, embora com os ganhos limitados.

As vendas no marketplace (3P) contribuíram, com um crescimento de 18,3% no período, para R$ 6 bilhões, impulsionadas por produtos de alta recorrência e tíquete médio mais baixo, como itens de supermercado, suplementos, perfumaria, vestuário e autopeças.

Outro vetor de expansão partiu das vendas nas lojas físicas, que registraram expansão de 26,9% no segundo trimestre, para R$ 3,5 bilhões, em um período sem restrições à mobilidade impostas durante os piores meses da pandemia de Covid-19.

Ao todo, o GMV da Americanas teve alta de 20,4% no segundo trimestre, em relação aos mesmos três meses de 2021, para R$ 13,9 bilhões. A receita líquida da varejista, por sua vez, registrou expansão anual de 6,7%, fechando o período a R$ 6,7 bilhões.

Em uma sexta-feira positiva para a Bolsa brasileira, as ações da Americanas destoavam e caíam 2,64%, a R$ 12,93, por volta das 14h35. Já o Ibovespa subia 1,88%, para 111.779 pontos.

Otimismo da Americanas com o 2º semestre

Em julho, as vendas no varejo físico continuaram a crescer, enquanto as digitais seguiram puxadas pelo 3P, principalmente categorias de tíquete médio mais baixo, mais adequadas à necessidade do consumidor neste momento.

A afirmação partiu da administração companhia, durante a teleconferência de resultados na tarde desta sexta-feira (12).

As vendas 1P, por outro lado, seguem com uma demanda tímida, impactada justamente pelo poder de compra, de acordo com Márcio Cruz, CEO da plataforma digital da Americanas.

Apesar de a situação macroeconômica seguir desafiadora, contudo, a visão da companhia é que os ventos podem começar a mudar no segundo semestre.

“Achamos que isso vai se ajustar ao longo dos próximos meses, e também estamos muito confiantes com o segundo semestre, que tem eventos muito importantes, como o dia das crianças, a Copa do Mundo, a black friday e o Natal”, afirmou Cruz.

Outro fator que pode ajudar as vendas do 1P nos próximos meses, segundo o executivo, é a implementação da tecnologia 5G em diversas cidades do país, que requer smartphones novos para funcionar.

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