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Americanas (AMER3) sofre com Selic mais alta e prejuízo cresce para R$ 98 milhões no 2º trimestre

Já a receita líquida subiu 6,7% do segundo trimestre de 2021 para o mesmo intervalo de 2022, para R$ 6,7 bilhões

Foto: Shutterstock

A Americanas (AMER3) amargou um prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre do ano, de acordo com o balanço financeiro e operacional divulgado nesta quinta-feira (11). No mesmo intervalo do no passado, a empresa havia perdido R$ 85 milhões, o que revela um aumento de 15,6% no prejuízo.

O número foi previsto pelo BTG Pactual, e ficou em linha com a expectativa de R$ 99 milhões de prejuízo que a XP tinha. Já o Itaú BBA e a Genial Investimentos acreditavam em montantes ainda mais pressionados, de perdas de R$ 125 milhões e R$ 137 milhões, respectivamente.

No trimestre, a geração de caixa da empresa ficou negativa em R$ 1,58 bilhão, mas reflertiu, segundo a Americanas, uma “sazonalidade característica do
período”, estando em linha com o consumo de caixa visto no mesmo período de 2021, equivalente a R$ 1,34 bilhão.

Além disso, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 555 milhões, avanço de 107,5% na base anual.

As varejistas do país vêm enfrentando o efeito da alta das taxas de juros no Brasil. A Selic, a taxa básica de juros, variou de 4,25% para 13,25% em 12 meses.

Receita líquida da Americanas cresce 6,7%

Em contrapartida ao lucro, a receita líquida subiu 6,7% do segundo trimestre de 2021 para o mesmo intervalo de 2022, ao passar de R$ 6,23 bilhões para R$ 6,7 bilhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado atingiu R$ 843,2 milhões de abril a junho de 2022, um avanço de 29,2% em relação aos R$ 652,7 milhões do mesmo período de 2021.

O resultado ficou acima das expectativas da XP, BTG, Itaú BBA e Genial. As instituições financeiras projetavam Ebitda de R$ 827 milhões, R$ 834 milhões, R$ 826 milhões e R$ 818 milhões, cada.

Desempenho operacional

A base ativa de clientes da empresa atingiu 53 milhões, um crescimento de 9% ante o segundo trimestre de 2021. “O número de itens vendidos e de transações cresceu ainda mais rápido, 32% e 14%, respectivamente. Essa performance demonstra o aumento na frequência de compras”, comentou a Americanas.

O valor bruto de mercadorias vendidas pela empresa, conhecido pela sigla GMV (gross market value, em inglês), cresceu 10,4% na comparação anual, e atingiu R$ 13,9 bilhões. Por segmento, a Americanas registrou um aumento de 26,9% no GMV das lojas físicas e de 5,7% no GMV digital. Respectivamente, eles representaram R$ 3,5 bilhões e R$ 10,4 bilhões do total.

“A plataforma de e-commerce manteve um crescimento superior ao do mercado como um todo, que teve uma contração de 3,1% no trimestre, segundo a Neotrust”, avaliou a varejista em seu balanço.

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Arte: Rachel Santos/TradeMap

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