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Ambev (ABEV3) seria prejudicada com fim do JCP, na visão do BTG; ações caem

Ambev é uma das empresas que mais se beneficia do JCP para poupar despesas com impostos, diz banco

Foto: Shutterstock/Julio Ricco

Uma reforma tributária que acabe com o JCP (juros sobre o capital próprio), pode prejudicar a Ambev (ABEV3), já que a fabricante de bebidas paga esse provento com frequência para ter redução no lucro tributável. Essa é a avaliação do BTG Pactual, em relatório distribuído a clientes nesta quarta (14).

Nos cálculos do banco, a Ambev deve economizar R$ 3,4 bilhões em Imposto de Renda neste ano com o pagamento de JCP, ou o equivalente a um quarto do lucro estimado para 2022. “Presumindo que a atual estrutura de capital continue igual, prevemos que a Ambev poderia continuar a poupar R$ 3 bilhões por ano em imposto”.

A extinção do JCP, portanto, prejudicaria a empresa, aumentando a alíquota efetiva de imposto de 2,5% para 27%.

O BTG Pactual aponta que a empresa poderia tentar beneficiar o acionista antes da extinção do JCP distribuindo um volume extraordinário de dividendos ou recomprando ações, mas que isso iria contra a estrategia da sua controladora, a AB Inbev, que está concentrada em reduzir dívidas e em diminuir a distribuição de dividendos.

O banco recomenda neutralidade em relação às ações da Ambev – nem compra, nem venda dos papéis -, com preço-alvo em R$ 16.

Na Bolsa brasileira, as ações da Ambev não repercutiam bem o estudo, e recuavam 2,75% por volta das 11h30, cotadas a R$ 14,86.

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