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Ambev (ABEV3) passa de venda para compra pelo UBS BB – saiba os motivos

Banco suíço prevê crescimento em 2023 com operações comerciais e plataforma com bares e restaurantes

Foto: Shutterstock/Mehaniq

Os resultados da Ambev (ABEV3) devem crescer nos próximos meses impulsionados por uma estratégia comercial eficiente e pela plataforma Bees, que encurta a relação entre a cervejaria e bares e restaurantes. Essa é a visão do UBS BB em relatório publicado nesta quinta-feira (12).

O banco suíço inverteu a recomendação para os papéis de venda para compra, além de aumentar o preço-alvo da ação para R$ 18 em 12 meses, valorização de 26% em relação ao fechamento desta quarta-feira (11).

Além dos fatores comerciais, os analistas Rodrigo Alcantara, Nik Oliver e Camila Azevedo destacaram que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) da Ambev deve atingir um ponto de inflexão no terceiro trimestre deste ano e jogar a expansão da margem de 27,8%, em 2022, para 31%, em 2024.

O UBS BB também apontou que a desaceleração da economia brasileira não deve impactar os resultados da Ambev pela empresa ter uma “estratégia comercial comprovada e sólida posição competitiva”.

Os analistas esperam que a taxa de crescimento anual (CAGR, na sigla em inglês) alcance 2,2% até 2025, e que a receita por litro fique em 6,5%, acima do PIB e das expectativas para a inflação.

“Ao todo, estimamos que as vendas consolidadas cresçam 8,5% em 2023 e 7,9% CAGR até 2025. Isso implica que a produtividade dos ativos deve aumentar 9,6% de 2022 a 2025”, informaram.

Copa do Mundo decepciona

Para o BTG Pactual, o efeito da Copa do Mundo nas vendas da Ambev devem ser menores do que o esperado. O banco de investimentos espera que os resultados do quarto trimestre, que serão reportados no dia 2 de março, sejam positivos, mas não o suficiente para mudar a percepção de crescimento da empresa.

“Estamos modelando receitas consolidadas de R$ 24,3 bilhões (+10% a/a), com uma expansão de volume de 5% a/a e um Ebitda de R$ 7,3 bilhões (+8% a/a) com margem de 30,2% (- 80 bps a/a)”, informaram os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin.

Diante desta expectativa, o BTG Pactual manteve a recomendação dos papéis em neutra, apesar de prever a valorização para R$ 16 em 12 meses.

4º trimestre mais fraco para a Ambev?

Seguindo na mesma linha, o Itaú BBA projeta um quarto trimestre mais fraco para a Ambev. Os analistas Gustavo Troyano, Renan Moura e Victor Gaspar também destacaram os efeitos da inflação nas operações da cervejaria, impactando na compressão da margem Ebitda em 1,8 ponto percentual na comparação com o quarto trimestre do ano passado.

O banco também destacou a decepção com o Mundial como fator principal para a queda da empresa no último trimestre de 2022, devido à eliminação precoce da Seleção Brasileira e datas de jogos caindo em dias que já eram de consumo.

O Itaú BBA espera que os volumes aumentem 6% no último trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, ressaltando que as expectativas do mercado sinalizam variação entre 8% e 12%.

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