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Alta dos juros leva Rumo (RAIL3) ao prejuízo no 1º trimestre, mas receita cresce

A Rumo terminou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 68 milhões, depois de ter registrado lucro líquido de R$ 175 milhões em igual período do ano passado

Foto: divulgação

A Rumo, uma das maiores empresas de logística do país, começou o ano no vermelho, afetada principalmente pelo aumento da taxa básica de juros no Brasil, que aumentou o custo da dívida da companhia.

Segundo balanço divulgado na noite desta quinta-feira (5), a Rumo terminou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 68 milhões, depois de ter registrado lucro líquido de R$ 175 milhões em igual período do ano passado.

Apesar do aumento da demanda no período, que elevou o volume transportado pela empresa, o negócio da Rumo não resistiu à elevação dos juros básicos no Brasil, que saiu de 2% ao ano em março do ano passado para 11,75% ao final do primeiro trimestre deste ano — ontem, o BC anunciou mais uma alta para a Selic, para 12,75%.

No trimestre, o custo da dívida abrangente líquida Rumo alcançou R$ 322 milhões, quase 13 vezes o montante anotado em igual período do ano passado, de R$ 25 milhões.

De acordo com a empresa, só o fato de a Selic ter subido nesse intervalo de um ano — e consequentemente o CDI — foi responsável por uma piora de R$ 84 milhões no custo da dívida abrangente líquida.

A Rumo ressaltou também que a virada do negócio para o vermelho também foi ocasionada pelo aumento nas despesas com depreciação, decorrentes dos maiores investimentos em terminais, material rodante e via permanente.

No primeiro trimestre, os custos com amortização e depreciação tiveram alta de 22,5% em relação a igual período do ano passado, para R$ 524 milhões, e contribuíram para que os custos consolidados e despesas comerciais, gerais e administrativas tivessem aumento de 26,7%, para R$ 1,68 bilhão.

Do lado operacional, o volume transportado pela Rumo no trimestre atingiu 18,1 bilhões de toneladas por quilômetro útil, 30,5% acima do mesmo período do ano anterior. “Esse resultado é consequência principalmente da antecipação da safra de soja, dos ganhos de eficiência operacional e do ramp-up da operação na Malha Central”, explicou a companhia.

Com isso, a receita operacional líquida da empresa somou R$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre, expansão de 26,3% em relação a igual período do ano anterior.

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