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Alliar (AALR3): Fundo de Nelson Tanure protocola OPA; relembre o negócio

Empresário assumiu o controle da empresa com uma participação de 63,28% por R$ 1,25 bilhão, e, pela fatia detida, é obrigado a realizar a operação

Alliar: Divulgacao

Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Imobiliários) na terça-feira (17), a Alliar afirmou que recebeu um aviso do MAM (Fonte de Saúde Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia), ligado ao empresário Nelson Tanure, um edital para realizar uma OPA (oferta pública de aquisição de ações).

Desde meados de abril, quando Tanure assumiu o controle da Alliar com uma participação de 63,28% por R$ 1,25 bilhão, o empresário sabia que, com a nova fatia, seria obrigado a realizar uma OPA aos minoritários nas mesmas condições pagas aos ex-controladores. Na ocasião, cada papel foi avaliado a R$ 20,71.

Relembre as negociações

Desde o ano passado, a Alliar tem sido alvo de tentativas de aquisição. A Rede D’Or fez a primeira oferta, o Fleury indicou que teria interesse, mas quem levou foi Tanure. Ele comprou pouco mais de um quarto da companhia em agosto de 2021, o que lhe conferiu o status de maior acionista individual da empresa.

A iniciativa fez outros acionistas se mexerem. Os dois médicos fundadores da companhia, Roberto Kalil e Sergio Tufik, se juntaram a 48 acionistas minoritários e fizeram um acordo para formar um bloco representando uma participação de 50,2% da Alliar, garantindo o controle do negócio.

O bloco, então, deu início a uma negociação com Tanure, que culminou com o anúncio de um acordo em dezembro. O empresário compraria a fatia deste bloco pagando R$ 20,50 por ação, quase o dobro dos R$ 11,50 que a Rede D’Or havia proposto, e o equivalente a R$ 1,27 bilhão.

No entanto, o acordo previa que a compra poderia ser parcelada. Uma parte seria paga na ocasião e o restante num período de até dois anos.

O formato da proposta desagradou os minoritários da Alliar que ficaram fora do bloco de controle, porque viram o acordo como uma tentativa de burlar uma regra que obrigaria Tanure a comprar a empresa inteira pelo mesmo valor proposto aos 50 acionistas.

Não por acaso, no dia seguinte ao anúncio do acordo, em dezembro, a ação da companhia caiu 20,4%, refletindo a venda do papel por investidores que tinham comprado a ação esperando que a companhia fosse adquirida na íntegra pelo empresário.

Diante da repercussão negativa, a MAM Asset Management, gestora que representa Tanure na operação, chegou a divulgar um comunicado rebatendo a acusação.

Na ocasião, a gestora disse que o acordo prevê a possibilidade de o empresário assumir o controle da empresa de imediato, mas incluiu a hipótese de parcelamento apenas para permitir a permanência dos acionistas do atual bloco de controle, “haja vista a sua importância para o desenvolvimento da companhia e a crença no seu potencial de crescimento”.

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