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Ação do IRB (IRBR3) figura entre maiores baixas após prejuízo quase dobrar no 3º trimestre

Prejuízo alcançou R$ 298,7 milhões, 91,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado

Foto: Shutterstock/Brenda Rocha - Blossom

Após o ressegurador IRB Brasil (IRBR3) informar que amargou , no terceiro trimestre, mais um prejuízo líquido, de acordo com balanço divulgado na noite de quinta-feira (10), as ações da companhia respondem de forma negativa no pregão de hoje.

Por volta de meio-dia, o papel da companhia recuava 5,81%, figurando entre as principais baixas da Bolsa, sendo cotado a R$ 0,82, abaixo do mínimo permitido pela B3 por ação, de R$ 1.

O prejuízo líquido registrado pelo IRB alcançou R$ 298,7 milhões no intervalo de julho a setembro, 91,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

O desempenho foi impactado pelos efeitos climáticos que afetaram contratos de riscos do segmento rural e pela Covid-19 no segmento “vida”.

O resultado, além de mostrar um avanço na comparação anual, veio bem pior do que o projetado pelo BTG e Santander. Respectivamente, os bancos esperavam um prejuízo de R$ 97 milhões e R$ 24 milhões.

Já a Genial Investimento previa um prejuízo de R$ 332 milhões, resultado mais prõximo do registrado. A corretora destacou, em relatório publicado mais cedo, que prejuízos contínuos comprometem o capital e a liquidez da empresa, que acabou de fazer um aumento de capital de R$ 1,2 bilhão.

“O IRB consumiu R$ 789 milhões de caixa no trimestre, usando boa parte do aumento de capital recente e colocando em dúvidas a necessidade de mais capital caso o IRB não volte a gerar lucro o quanto antes”, comentam os analistas Eduardo Nishio e Wagner Biondo, da Genial.

“O efeito das variações climáticas no agronegócio, que gerou quebra de safra e resultou em perdas significativas para os produtores rurais e, consequentemente, para as seguradoras e resseguradoras, ainda impactou nosso resultado do terceiro trimestre”, afirmou o IRB.

Segundo a empresa, essas variações climáticas elevaram a sinistralidade a níveis não esperados. No intervalo de julho a setembro, o sinistro retido (SR) atingiu R$ 1,38 bilhão, resultado 30,4% menor na comparação anual.

Os analistas do BTG Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel avaliam, também em relatório, a posição de capital do IRB parece “apertada” após o terceiro trimestre.

“Enquanto tendemos a acreditar que o IRB pode gerar lucro novamente no futuro, se não se tornar positivo em breve, vemos riscos de possíveis rebaixamentos por agências de classificação e a necessidade de outro aumento de capital”, avaliam os analistas do BTG, que previam um prejuízo bem abaixo do apresentado.

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