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Ação da Braskem (BRKM5) cai mais de 3% após prévia sugerir números fracos por mais tempo

Ações eram negociadas em baixa de 3,39% por volta das 13h30, a R$ 33,36

Foto: Divulgação

A prévia operacional da Braskem (BRKM5) para o terceiro trimestre, divulgada pela companhia na noite da última sexta-feira (21), sinaliza resultados financeiros fracos, na avaliação do BTG Pactual.

Ainda que uma contração dos números neste trimestre já fosse esperada, o temor é que a tendência de baixa se estenda por mais tempo, dizem os analistas.

“Ainda que resultados mais fracos não devam surpreender investidores, tememos que essa dinâmica persista por mais alguns trimestres”, escreveram Pedro Soares e Thiago Duarte, analistas do BTG, em relatório distribuído nesta segunda-feira (24).

Neste contexto, as ações da petroquímica eram negociadas em baixa de 3,39% por volta das 13h30, a R$ 33,36.

As vendas da Braskem apresentaram recuo trimestral em praticamente todas as linhas, com exceção para a venda de resinas no mercado doméstico, que subiu 2% em relação ao segundo trimestre deste ano e ficou estável na comparação anual.

As exportações do produto, por sua vez, caíram 18% na base trimestral e 17% na anual, devido, segundo a companhia, a menores oportunidades no mercado internacional dados os níveis elevados de estoque.

As vendas de polietileno (PE) verde cresceram 9% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Contudo, na comparação direta com o segundo trimestre deste ano, as vendas recuaram 17%. A Braskem vê o recuo na comparação trimestral causado por uma sazonalidade natural do período, na qual a Europa reduziu o consumo por conta da crise energética no continente.

“Apesar de reconhecermos que havia poucos indicativos de que a demanda por petroquímicos seria forte, acreditamos que o mercado estava esperando que a Braskem mostrasse certo nível de resiliência de vendas na comparação trimestral”, escreveram os analistas do BTG.

O que esperar

Depois da prévia, os analistas do BTG publicaram suas projeções para o balanço da Braskem no terceiro trimestre. Na análise do banco, a combinação de uma maior capacidade de produção, principalmente na China e nos Estados Unidos, e uma desaceleração global no consumo de resina deve derrubar os spreads da companhia.

“Vemos os resultados operacionais do terceiro trimestre, em conjunto com os spreads menores, como um sinal de resultados financeiros fracos”, afirmam Luiz Carvalho, Tasso Vasconcellos e Matheus Enfeldt, analistas do UBS-BB, também em relatório desta segunda.

Ações

Apesar dos números negativos, o BTG, o UBS-BB e o Bank of America reiteraram sua recomendação de compra para a ação, com preços-alvo de R$ 68, R$ 50 e R$ 55, respectivamente.

“Apesar das tendências fracas nas margens de petroquímicos, mantemos nossa recomendação de compra para a Braskem devido a expectativas de resultados e fluxo de caixa sólidos, apesar de bem abaixo do pico recente; valuation favorável; liderança no polietileno verde e potenciais melhorias na governança corporativa”, explicam Frank McGann e Leonardo Marcondes, analistas do BofA, em relatório desta segunda.

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