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O que aconteceu no mercado em abril e as principais altas e baixas da bolsa

Foto: Shutterstock/Isaac Fontana

O mercado financeiro de abril foi marcado por uma desaceleração em relação ao mês anterior.  A inflação, medida pelo IPCA-15, nesse mês mostrou uma alta de 0,21% no Brasil, e 0,3% nos Estados Unidos.

O mês fechou no vermelho porque a alta consistente não se manteve, fazendo com que o Ibovespa registrasse queda de 1,12%, aos 125.924 pontos. Em relação ao mês anterior, uma diferença de 1.427 pontos. O Ibovespa já acumula desvalorização de 6,15% em 2024. 

Veja os principais altos e baixos da bolsa de valores e outros eventos importantes do setor financeiro no período a seguir.

Ibovespa registra queda influenciada pelo ataque do Irã a Israel e mudança meta fiscal

As primeiras semanas do mês de abril continuaram a refletir a desaceleração vinda do mês anterior, até que na segunda semana do mês o Ibovespa fechou em queda de 0,49%, atingindo o menor patamar desde novembro de 2023.

Após o primeiro ataque do Irã a Israel, foi desencadeado um movimento negativo que acompanhou uma grande aversão ao risco nos mercados internacionais. Como consequência, o dólar avançou 1,24% no mundo inteiro, chegando à marca de R$ 5,185 aqui no Brasil   

A tensão gerada pelo ataque e a possibilidade de uma guerra traz muitas incertezas. Com isso, os investidores buscam por alternativas mais seguras. O conflito trouxe uma dose extra de preocupação aos mercados, que já vinham enfrentando dias difíceis. 

Agentes estão se preparando e calculando uma possível reação iraniana, desde o ataque de Israel à embaixada do Irã, na Síria. Os efeitos sobre as bolsas, dólar e petróleo precisam ser calculados. 

Taxas de juros nos EUA

Atualmente, as taxas de juros dos fed funds nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,5% ao ano. Essas taxas são definidas pelo Federal Reserve (também conhecido como Fed), o banco central dos EUA. Esse nível de taxa de juros é considerado o mais alto em mais de duas décadas.

Com taxas de juros mais altas, os rendimentos desses investimentos são mais atrativos. Por outro lado, investimentos de renda variável, como ações, podem se tornar menos atrativos em comparação com investimentos mais seguros de renda fixa.

Impacto nos mercados emergentes

Quando as taxas de juros nos EUA estão altas, os investidores estrangeiros tendem a retirar dinheiro de mercados de risco, como os mercados emergentes, e alocá-lo em investimentos mais seguros nos EUA, como títulos do Tesouro dos EUA. Isso é conhecido como fuga de capitais. Os investidores estrangeiros retiraram uma quantia significativa de dinheiro da B3 (Bolsa de Valores do Brasil), o que contribuiu para um fluxo de investimento estrangeiro negativo no Brasil.

Desaceleração econômica nos mercados emergentes

A saída de capital estrangeiro pode afetar adversamente os mercados emergentes, prejudicando o desempenho econômico e financeiro desses países.

Para melhorar essa situação, um corte nas taxas de juros nos EUA seria benéfico. No entanto, para que o Fed inicie um ciclo de corte de juros, é necessário que a inflação nos EUA dê sinais de desaceleração. Isso ocorre porque o Fed geralmente ajusta as taxas de juros com base na inflação e no estado da economia.

Mudança de meta fiscal

As movimentações que ocorreram na política interna do Brasil impactaram os mercados durante a sessão realizada na segunda-feira, dia 15 de abril, na qual houve uma deterioração na percepção fiscal. 

Em um cenário no qual também ocorreu a divulgação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), em Brasília, para o ano de 2025, a decepção foi evidente com a alteração da meta fiscal para o próximo ano. 

Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, afirmou que uma das principais mudanças proposta no PLDO é o aumento do salário mínimo, para cerca de R$ 1.502,00 em 2025.

Para ter uma ideia, o superávit primário que estava previsto de 0,5%, foi reduzido para uma meta de déficit zero. Para 2026, as notícias não são animadoras, a meta de 1% em superávit primário foi para 0,25%.

Principais altas e baixas da bolsa 

Altas

No mês de abril, as principais altas entre as ações de companhias listadas na B3, foram:

  • Petrobras (PETR3 e PETR4) apresentou aumento de 18,65% e 15,57%, respectivamente. 
  • IRB (IRBR3) teve uma valorização de 13,73%.
  • JBS (JBSS3) avançou 9,02%
  • Petz (PETZ3) registrou alta de 8,28%

Baixas

Todavia, as notícias não são animadoras para todas as companhias, e as que registraram maiores baixas no mês de abril foram:

  • CVC (CVC3) e Azul (AZUL4) registraram quedas de 30,69% e 25,23%
  • Magazine Luiza (MGLU3) e Grupo Soma (SOMA3) apresentaram baixas de 24,44% e 20,24%
  • LWSA (LWSA3), a antiga LocaWeb, sofreu uma queda de 21,23%.

Perspectivas para maio

Em 8 de maio, o Banco Central do Brasil (BCB) deve decidir sobre as taxas de juros no país. Apesar de o BCB ter sinalizado um possível corte de 0,5 ponto percentual, alguns analistas esperam um corte mais conservador, de apenas 0,25 ponto percentual. Isso indica que há incerteza em relação à magnitude do corte de juros no Brasil e que alguns analistas consideram possível uma decisão menos agressiva por parte do Banco Central.

Outro ponto do mercado em maio é o do Bitcoin, que se recuperou em 2 de maio, após um período de queda ou estabilidade.

Além disso, o Federal Reserve, em sua reunião do Fomc em 1.º de maio, optou por manter as taxas de juros inalteradas, diminuindo as expectativas dos investidores em relação a cortes nas taxas de juros em 2024.

Continue acompanhando o mercado aqui no TradeMap e fique por dentro de todas as novidades!

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