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Klabin (KLBN11) entra no segmento de cartões brancos para surfar a alta na demanda; entenda

Klabin investe R$ 183 milhões em maquinas no Projeto Puma II e aproveita para surfar o aumento na demanda por cartões brancos

Foto: Shutterstock/rafastockbr

O conselho de administração da Klabin (KLBN11) aprovou, na noite de terça-feira (6) um investimento complementar de R$ 183 milhões para entrar no segmento de cartões brancos.

A companhia deve dividir o investimento em duas parcelas, sendo R$ 77 milhões em 2023 e os R$ 106 milhões restantes em 2024.

De acordo com comunicado anunciado ao mercado, o investimento será feito na máquina de cartões do Projeto Puma II, que deve iniciar as operações no segundo trimestre de 2023.

Este projeto, portanto, deve trazer maior flexibilidade de produção para empresa, podendo elevar em até 105 mil toneladas de papel-cartão branco, em substituição ao marrom, a partir de setembro de 2024.

Segundo anúncio, este segmento de cartões representa um mercado endereçável estimado em mais de US$ 20 bilhões com alta taxa de crescimento esperada para os próximos anos.

O que achamos?

O investimento feito pela empresa deve ampliar as fontes de receita, uma vez que a demanda pelo produto, que é utilizado para embalagens de medicamentos, alimentos e cosméticos, tem sido crescente nos últimos anos.

A pandemia gerou novos hábitos para população, que passou a consumir maiores quantidades de produtos por meio de entregas. Isto, foi fundamental para substituição de embalagens de plástico por embalagens feitas de papel.

Portanto, a empresa deve aproveitar esta demanda crescente para gerar mais receitas, além de diversificar a produção e navegar por um oceano azul de crescimento.

Em outubro, a concorrente Suzano (SUZB3) que opera três fábricas de papel, anunciou que uma “pequena parte” das operações de papel de impressão passaria a fabricar papel cartão.

Portanto, este é um movimento natural da Klabin para manter a competitividade no setor, além de aproveitar a oportunidade para ampliar a rentabilidade do negócio.

Em relação ao endividamento, este valor de R$ 183 milhões é pouco expressivo, uma vez que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos últimos 12 meses foi de R$ 7,9 bilhões, ou seja, 43 vezes maior que o investimento.

Além disso, este investimento representa apenas 3% do total que a Klabin pretende investir em 2023. Segundo Marco Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, a Klabin pretende investir R$ 5,4 bilhões no próximo ano.

Como os papéis devem reagir?

Apenas do viés positivo, o investimento aparenta ser pouco expressivo inicialmente. Portanto, não deve haver grandes alterações nas projeções de caixa da empresa.

Sendo assim, o papel deve reagir de forma neutra com uma tendência de leve alta para o pregão desta quarta-feira (7).

As ações da empresa acumulam queda de 18% no ano.

*O Pré-Trade é publicado diariamente pela Agência TradeMap, sempre antes da abertura da Bolsa, e se propõe a indicar como investidores podem reagir no pregão em reação a alguma notícia ou fato novo que tenha relação com uma ação específica em sua carteira. O conteúdo se destina a fins informativos e não deve ser interpretado como nenhum tipo de recomendação de investimentos.

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