A Klabin (KLBN11) registrou lucro líquido de R$ 2 bilhões no terceiro trimestre, salto de 69% na comparação com mesmo período do ano passado, de acordo com resultados publicados na noite de quarta-feira (26).
A receita líquida, por sua vez, cresceu consideravelmente, em 26%, para R$ 5,5 bilhões, frente a igual período em 2021. Isto porque os reajustes nos preços impulsionaram os resultados de todas a linhas de produtos.
Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar e o maior volume de vendas também contribuíram para os melhores resultados da empresa.
Diante disso, a Klabin registrou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,31 bilhões, o maior da história da companhia, que representa alta de 20% na comparação dos trimestres.
Porém, em um tom mais amargo a margem Ebitda teve queda de 2 pontos percentuais, a 42%, devido aos maiores custos de produção.
O que achamos?
O destaque vai para o segmento de papel, que cresceu 42% em comparação com o terceiro trimestre de 2021. Segundo a empresa, este crescimento foi sustentado pela retomada das vendas do papelão ondulado e pela tendência de substituição de plástico por papel para embalagens.
Já a venda de celulose foi beneficiada pelo maior preço da celulose, fruto da escassez de madeira na Europa, quebra na cadeia de suprimentos, gargalos logísticos, eventos climáticos, entre outros.
Portanto, estes fatores levaram a empresa atingir um Ebitda histórico e lucro acima do esperado por analistas. Isto é fundamental para empresa e para o acionista que busca maiores retornos, uma vez que o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) foi de 18,6%, acima da média dos últimos 5 anos.
Os dados demonstram uma eficiência maior da Suzano e seu potencial para gerar lucros. A média do ROE entre 2010 e 2015 foi de 9%, enquanto a de 2016 até 2021 foi de 14%.
O projeto Puma II deve incrementar a receita da empresa no próximo ano e deve aumentar a capacidade da empresa atender toda demanda, que vem sendo um problema neste ano devido a capacidade de produção da empresa.
Este projeto já está na etapa final e foi concluído 65%, além de a empresa já ter desembolsado quase todo capital planejado para o projeto, ou seja, não será necessário maiores investimentos neste negócio.
Portanto, o caixa deve ficar mais flexível e os lucros podem ser distribuídos como proventos para os acionistas. Tanto é que a empresa anunciou que irá distribuir R$ 500 milhões em proventos, o que representa um valor de R$ 0,48 por ação ordinária e um dividend yield em torno de 2%.
Além disso, o resultado superou as expectativas das casas de análises, o que deve refletir em maiores preços dos papéis, já que o potencial de geração de caixa futuro esperado deve ser maior.
Como os papéis podem reagir?
Após superar as expectativas dos analistas e mostrar forte potencial de geração de caixa, os papéis da empresa devem reagir positivamente no pregão desta quinta-feira (27).
Os papéis da empresa acumulam queda de 17% no ano.