Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Investimentos de Renda Fixa: o guia definitivo

Saiba tudo sobre os investimentos de renda fixa e por quê eles podem ser boas opções para você que está pensando em começar a investir

Foto: Shutterstock/Cherries

Com o atual cenário de juros elevados, alta inflação e incerteza no cenário político, a renda fixa se torna cada vez mais atrativa para quem busca investimentos de baixo risco e retorno previsível.

Porém, apesar de ser entendida como um investimento “livre de risco”, é preciso ter bastante cuidado na hora de investir, já que existem vários tipos de renda fixa e com características bem distintas, além de diferentes graus de risco.

Neste artigo, vamos elaborar um guia definitivo para você que está interessado em investir na renda fixa, mas não sabe por onde começar.

Vamos entender o que é a renda fixa, as diferenças em relação à renda variável, como funciona a rentabilidade nessa modalidade de investimento, os principais tipos de aplicações e os cuidados indispensáveis ao investir nessa classe de ativos.

 

O que é a renda fixa?

Quando se fala em investimentos, muitas pessoas acabam ficando confusas com os vários termos técnicos e as diferentes modalidades existentes. Uma dessas modalidades, e talvez a mais popular delas, é a renda fixa.

Mas, afinal, o que é a renda fixa? As aplicações de renda fixa são as aplicações caracterizadas por terem tempo de investimento e o retorno definidos antes do investimento. Ou seja, o investidor de renda fixa já sabe, desde o início, quanto vai receber ao final do prazo combinado.

Por exemplo: imagine que o gerente do seu banco ofereça a você um investimento A com vencimento de 2 anos e uma rentabilidade anual de 10%. Estamos falando de uma aplicação de renda fixa? Sim! Afinal, nós temos tanto prazo quanto rentabilidade definidos antes da aplicação.

Nesse caso, podemos até mesmo calcular seu futuro retorno:

Investindo R$ 1.000,00, ao fim dos dois anos combinados, você vai receber um montante total de R$ 1.210,00, ou seja, um retorno de R$ 210,00. Simples, não é?

 

Investimentos de renda fixa vs investimentos de renda variável

Tendo compreendido o princípio básico da renda fixa, é importante também saber diferenciá-la da chamada renda variável, dentro da qual estão ativos como os fundos imobiliários, as ações e as criptomoedas. Basicamente, elas diferem nos seguintes quesitos:

Previsibilidade

Enquanto na renda fixa o investidor já sabe quanto receberá, na renda variável não existe nenhuma previsibilidade, porque a rentabilidade dos ativos pode sofrer oscilações com os altos e baixos do mercado.

Risco

Por essa falta de previsibilidade, os investimentos de renda variável acabam sendo mais arriscados do que os de renda fixa, podendo gerar perdas significativas. No entanto, os retornos desses também podem ser maiores.

Prazo indefinido

Os investimentos de renda variável também não têm prazo definido, diferente das aplicações de renda fixa. É possível comprar ações e manter por um longo período ou vendê-las em poucos minutos. Fica à critério do investidor.

Confira essas e outras diferenças aqui.

 

Como funciona a rentabilidade dos investimentos de renda fixa?

Mesmo dentro da renda fixa há diferentes tipos de rentabilidade e é muito importante que o investidor saiba diferenciar, pois cada uma pode servir para objetivos diversos. Vamos apresentar os principais tipos abaixo:

Renda fixa prefixada

Esse é o modelo mais comum, tendo a rentabilidade descrita em um percentual fixo. Por exemplo, uma aplicação A com taxa prefixada de 10% ao ano. Esse tipo de modalidade é a mais indicada para quem deseja assegurar a rentabilidade durante todo período de investimento, independente de variáveis externas.

Renda fixa pós-fixada

Nesse modelo, a rentabilidade acordada no momento da aplicação é atrelada a um indexador, como o CDI ou a SELIC. Por exemplo, um investimento que rende 100% do CDI. Indica-se essa modalidade para quem acredita que pode se beneficiar de variáveis externas, como a alta dos juros, por exemplo.

Renda fixa híbrida

Esse modelo é um mix das modalidades acima. Por exemplo, uma aplicação com rentabilidade de “5% + indexador”. Assim, a rentabilidade final é assegurada por um percentual fixo (5%) e um indexador, geralmente o IPCA ou o IGP-M. Essa modalidade é ideal para quem quer proteger o capital do aumento de preços.

 

O que afinal é um indexador?

Um indexador é uma taxa de referência utilizada para acompanhar o desempenho de um setor da economia. Para além disso, os indexadores são utilizados também para reajuste de contratos, correção de preços e remunerar aplicações de renda fixa.

No mercado brasileiro os indexadores mais utilizados para a rentabilidade de aplicações de renda fixa são a taxa SELIC, o CDI e o IPCA.

A taxa SELIC é a taxa básica de juros e é definida pelo Banco Central do Brasil (BCB). Na economia, ela é usada para controlar a inflação, mas nos investimentos é a taxa referência para os títulos públicos, emitidos pelo Tesouro Direto.

O CDI, por sua vez, é uma taxa de juros praticada entre bancos para empréstimos de curtíssimo prazo. Tendo rentabilidade ligeiramente inferior à SELIC, esse é o principal indexador para ativos de renda fixa privada, tais como CDBs, LCAs/LCIs, CRAs/CRIs, dentre outros.

Por fim, o IPCA é o principal índice inflacionário oficial do país. Ele mede a variação dos preços de uma cesta de produtos consumidos por famílias com poder aquisitivo de 1 a 40 salários-mínimos, sendo por isso muito utilizado na rentabilidade de aplicações híbridas, principalmente os títulos da família IPCA+.

 

Principais opções de investimentos de renda fixa

Agora que você já está mais do que familiarizado com a lógica que rege o universo da renda fixa, vale a pena conhecer algumas das principais opções dessa modalidade de investimentos:

Títulos públicos

São os famosos títulos do Tesouro Direto, emitido pelo Governo Federal. São os investimentos mais seguros do mercado, oferecendo boa rentabilidade e proteção contra a inflação.

Certificados de Depósito Bancário

Os CDBs são aplicações de renda fixa privada através das quais os investidores, em vez de emprestarem ao governo, empresta dinheiro para bancos.

Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário

As LCAs e LCIs são títulos emitidos por instituições financeiras que financiam empréstimos para atividades do agronégocio e imobiliárias. Como ambas as atividades são estratégicas para a economia, esses investimentos são isentos de imposto de renda.

Certificados de Recebíveis do Agronegócio e Imobiliário

Primos das LCAs e LCIs, os CRAs e CRIs são certificados emitidos por instituições securitizadoras. Em resumo, esses certificados são uma junção de várias dívidas do setor agropecuário ou imobiliário, e, pela mesma razão das LCIs e LCAs, são isentos de imposto de renda.

Debêntures

Nesse tipo de aplicação o investidor empresta seu dinheiro diretamente a empresas que buscam recursos para investimentos ou para reestruturar suas dívidas. As debêntures são investimentos de maior risco na renda fixa, mas também podem oferecer excelente rentabilidade.

 

Riscos e cuidados para quem quer investir em renda fixa

Apesar de mais seguras do que a renda variável, as aplicações de renda fixa também apresentam riscos e exigem cuidados por parte dos investidores. Alguns dos principais riscos e cuidados que os investidores de renda fixa devem tomar são:

Risco de crédito: é o risco da empresa ou instituição que você emprestou dinheiro não conseguir te pagar o que prometeu.

Solução: escolha instituições financeiras e empresas com boa reputação, sempre avaliando sua solidez financeira.

Risco de mercado: na renda fixa, corresponde ao risco de as variações do mercado impactar no valor dos títulos e na rentabilidade do investimento, em caso de resgate antecipado.

Solução: entenda cada uma das características do título e, principalmente, fique com o investimento até o prazo final.

Risco de liquidez: esse é o risco de, em caso de emergência, você não conseguir resgatar o dinheiro antes do prazo de vencimento da aplicação.

Solução: escolha títulos com prazos adequados aos seus objetivos e metas.

Em resumo, a renda fixa é uma opção de investimento indicada para quem busca segurança e previsibilidade nos retornos. Mas é importante entender os diferentes tipos de títulos e suas características, além de conhecer os riscos e cuidados envolvidos.

Com um planejamento adequado e a escolha dos títulos mais aderentes ao seu perfil e objetivos, você pode obter bons resultados investindo nessa modalidade de investimento.

No entanto, lembre-se: nenhuma aplicação é livre de riscos e é preciso estar sempre atento às condições do mercado e atualizações da economia. Para isso, utilize o TradeMap e esteja sempre um passo à frente do mercado!

Bons investimentos!

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.