Payroll mostra criação de 467 mil vagas nos EUA; mercado esperava 150 mil

Dado joga a favor de uma alta de juros maior pelo Federal Reserve na reunião de março

O mercado de trabalho americano se comportou muito melhor do que o esperado em janeiro. Dados do payroll, relatório divulgado pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos nesta sexta-feira (4), mostraram a criação de 467 mil vagas no país no mês passado.

Analistas ouvidos pela Reuters apostavam em um número bem menor, de 150 mil vagas, em decorrência da forte disseminação da variante Ômicron no país.

A taxa de desemprego subiu a 4%, leve alta em relação a dezembro, quando havia ficado em 3,9%. Já o salário médio por hora teve alta de 0,73% em janeiro na comparação com o último mês do ano passado e de 5,68% em relação ao mesmo período anterior.

O cenário melhor do que o estimado pelo mercado pesa a favor de uma alta maior de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) na próxima reunião de política monetária, em março.

payroll é o dado do mercado de trabalho dos EUA mais acompanhado pela instituição. Além de controlar a inflação, o Fed também deve perseguir o objetivo do pleno emprego.

Por que isso mexe com o mercado?

Quando os juros sobem no mercado americano, ativos de maior risco, como os de países emergentes como o Brasil, se tornam menos atrativos. Nesse cenário, nossos juros futuros tendem a subir para compensar esse movimento, e isso tem efeito direto sobre os investimentos em Bolsa e renda fixa.

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