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OCDE descarta recessão mundial, mas aponta que PIB global irá desacelerar em 2023

Entidade projeta que economia mundial crescerá 2,2% em 2023; Brasil deve avançar 1,2% no ano que vem

Foto: Shutterstock/sdecoret

Em um cenário de juros altos e inflação persistente, o PIB global deve desacelerar para uma alta de 2,2% em 2023, após crescer 3,1% em 2022, segundo projeção da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) divulgado nesta terça-feira (22).

Em 2024, a atividade deve mostrar mais dinamismo, mas ainda em um patamar baixo, subindo 2,7%, de acordo com a organização, que descartou um cenário de recessão mundial.

A entidade espera que o Brasil cresça 1,2% no ano que vem, mais do que o mercado prevê atualmente – analistas ouvidos pelo Boletim Focus acreditam em um avanço de 0,70%. Em 2024, a projeção é de alta de 1,4% da atividade brasileira.

“A economia global está encarando desafios significativos. O crescimento perdeu impulso, a inflação elevada se espalhou por países e produtos, e está se provando persistente”, apontou a OCDE, que afirmou ainda que os riscos pesam para o lado negativo.

Entre os riscos apontados pela entidade, estão a oferta reduzida de energia, aumento das taxas de juros e elevadas vulnerabilidades financeiras. “A guerra da Rússia na Ucrânia está elevando os riscos de dívida de países de baixa renda e a insegurança alimentar.”

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Na avaliação da OCDE, a perda de ritmo no crescimento global será amortecida em parte pela poupança das famílias em diversos países desenvolvidos, com exceção dos Estados Unidos, onde as economias da população já caíram para níveis abaixo do patamar pré-pandemia.

“Uma recuperação leve é projetada para a maior parte dos países em 2024, com os ganhos reais se recuperando e a perda de ritmo da inflação dando espaço para passos iniciais de afrouxamento da política monetária da América do Norte, na Europa e em muitos países emergentes.”

América Latina perderá fôlego em 2023

Na América Latina, as principais economias tiveram um desempenho melhor que o esperado em 2022, com destaque para os exportadores de commodities e energia, que se beneficiaram do câmbio desvalorizado.

“Esse rebote deve perder fôlego em 2023 e 2024, em meio às condições financeiras globais e domésticas mais apertadas, uma retirada da maior parte dos estímulos fiscais remanescentes e preços de commodities mais baixos”, apontou a entidade.

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É esse cenário que deve reduzir o crescimento brasileiro no ano que vem, segundo a OCDE, que acredita que a inflação deve subir entre 4% e 4,5% em 2023 e 2024.

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