A Petrobras (PETR3) comunicou nesta segunda-feira, 01, que não antecipará decisões sobre reajustes dos preços de combustíveis e que as correções serão realizadas em curso normal.
O anúncio veio após a declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro em Roma, na Itália. Mais cedo, o presidente afirmou que a estatal divulgaria uma nova variação de preços em torno de 20 dias.
“A Petrobras anuncia, isso eu sei extraoficialmente, novo reajuste em 20 dias”, afirmou Bolsonaro. “Isso não pode acontecer. A gente não aguenta, porque o preço do combustível está atrelado à inflação.”
Em resposta à fala de Bolsonaro, a estatal afirmou que não antecipa decisões de reajuste e informou que não existem decisões tomadas por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenham sido divulgadas ao mercado.
A petroleira destacou, no comunicado, que mantém seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado e informou que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio, causadas por eventos conjunturais, aos consumidores.
Dividendos
Bolsonaro ainda afirmou que estuda utilizar os dividendos da Petrobras para reduzir preço do diesel.
“A prioridade é o preço do combustível. Eu vi muito rapidamente, não quero falar agora, o lucro da Petrobras. A Petrobras é em parte estatal e monopolista. A política não deve ser essa”, disse.
O presidente disse que os rendimentos da estatal destinados ao governo federal não o interessam e anunciou estar conversando com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto.
“Nós queremos que isso seja revertido diretamente em diminuição do preço do diesel na ponta da linha.”
As ações da empresa (PETR3) encerraram os negócios em alta de 3,72% nesta segunda-feira, cotadas a R$ 28,70.