A inflação ao consumidor dos Estados Unidos nos 12 meses encerrados em novembro atingiu 6,8%, a maior leitura desde março de 1982. O resultado, porém, veio em linha com o projetado pelo mercado, o que provocou alta nos preços das ações e queda nas taxas de juros americanas.
Por volta das 10h50, o contrato futuro do S&P 500, um dos principais índices acionários dos Estados Unidos, subia 0,70%, a 4.692 50 pontos. As taxas de juros dos títulos da dívida do país com vencimento em dois anos caíam de 0,696% para 0,693%, enquanto as dos títulos de 10 anos recuavam de 1,503% para 1,488%.
O receio dos investidores era de que a inflação dos Estados Unidos tivesse acelerado com mais intensidade em novembro. Se isto acontecesse, o banco central do país poderia remover mais rapidamente os estímulos à economia. Com a inflação dentro do previsto, os investidores descartaram esta hipótese, ao menos por enquanto.
Na comparação mensal, o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos subiu 0,8%, depois de avançar 0,9% em outubro. A leitura também ficou dentro do previsto. Os dados mostraram que a inflação perdeu força principalmente entre os preços de energia, mas também entre os alimentos. Aluguéis e serviços, porém, mantiveram o ritmo de alta nos preços observado em outubro.
Segundo análise do banco Nordea, a inflação em 12 meses nos Estados Unidos deve continuar ganhando força nos próximos meses. A instituição cita as expectativas de alta nos preços, que devem levar a pressões por aumento de salário e a remarcações de preço pelas empresas. Isto somado à escassez de alguns produtos no mercado mundial.