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Indicador preferido do Fed para inflação dos EUA atinge maior nível desde 1982

A inflação oficial dos Estados Unidos, medida pelo PCE (Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal), teve alta de 5,7% em novembro, a maior taxa desde março de 1982, segundo informou nesta quinta-feira, dia 23, o BEA, que é o escritório de estatísticas do departamento de estatísticas do Departamento de Comércio do país.

Esse é o índice acompanhado pelo Fed (banco central americano) para tomar suas decisões de política monetária –a instituição já anunciou que vai intensificar a retirada de estímulos à economia, em meio ao incômodo com a variação de preços.

Na semana passada, a instituição anunciou uma virada no combate à variação de preços ao informar que elevará os juros dos Estados Unidos, hoje próximos de zero, três vezes no ano que vem, para perto de 0,9% ao ano.

A alta nos preços medidos pelo PCE foi motivada tanto pela inflação nos bens quanto nos serviços. Os preços da energia foram um dos principais fatores por trás do avanço, subindo 30,2% em novembro em termos anuais, enquanto os dos alimentos aumentaram 4,8%.

O núcleo do PCE, que exclui a variação nos preços de energia e alimentos da conta, subiu 4,1% em base anual, a maior leitura desde fevereiro de 1989.

Por que esse dado mexe com o mercado?

A maior preocupação atual do Fed é com a variação de preços nos Estados Unidos. A instituição já anunciou que pode antecipar o início da alta de juros no país como forma de debelar a inflação.

Quando os juros sobem em países desenvolvidos, em especial na maior economia do mundo, que é a americana, a tendência é que aconteça um fenômeno batizado de “flight to quality” (quando investidores deixam ativos de maior risco, como os de países emergentes como o Brasil, para buscarem papéis considerados mais seguros).

Como os títulos da dívida pública dos Estados Unidos, conhecidos como treasuries, são considerados os ativos mais seguros do mundo, o interesse por eles sobe consideravelmente quando passam a pagar mais ao investidor.

Nessas horas, os investidores comparam os juros e a inflação dos Estados Unidos com esses mesmos indicadores para Brasil, calculando o chamado diferencial de juros. A partir dessas informações, avaliam o que vale mais a pena para a alocação de recursos em termos de risco e retorno.

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