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Bitcoin é negociado abaixo de US$ 30 mil pela primeira vez desde janeiro

Trata-se do segundo dia consecutivo de queda após novas restrições impostas pela China sobre a criptomoeda

O bitcoin mantém a queda que passou a apresentar desde a última segunda-feira, 21, após o governo da China restringir cada vez mais as transações com a criptomoeda, chegando a ser negociado abaixo dos US$ 30 mil hoje pela primeira vez desde janeiro deste ano. 

Nesta manhã, por volta das 10h40 (horário de Brasília), o criptoativo recuou 9,26%, cotado a US$ 29.583, após passar quatro semanas sendo negociado em cerca de US$ 35 mil. 

Às 14h20, reportava uma queda de 0,55% contra as últimas 24 horas, a US$ 32.227,72. 

De acordo com analistas entrevistados pela norte-americana CNBC, a moeda digital ainda pode sofrer mais perdas, podendo chegar a US$ 20 mil conforme gráficos estudados por traders. 

Governo chinês

O recuo vem acontecendo desde maio por conta das decisões do governo chinês não favoráveis ao ativo.  

Desta vez, o banco central do país instruiu os maiores bancos e empresas de pagamento da China a fiscalizarem mais rigorosamente o comércio de criptomoedas e a até mesmo deixar de fornecer serviços relacionados ao comércio das mesmas. 

Segundo a autoridade monetária, as atividades especulativas perturbam o sistema financeiro do país e gera riscos de saídas ilegais de capital. 

Desde 2017, já havia sido decidido que não poderiam existir exchanges atuando no território chinês, mas as plataformas de balcão (OTC) baseadas no exterior ainda poderiam funcionar, realizando transações de criptomoedas com quem residisse no país. 

Com a nova medida, nem mesmo as OTCs podem atuar na China. 

“Isso basicamente diz que as transações OTC agora não são legítimas. […] Não temos permissão dos bancos para transferir dinheiro para compras e vendas de criptomoedas”, informou Bobby Lee, chefe do aplicativo de carteira de criptomoedas Ballet, à Reuters. 

Além disso, as questões ambientais também se tornaram motivo de preocupação com o bitcoin após o CEO da Tesla, Elon Musksuspender o uso de bitcoin como meio de pagamento pelos veículos em maio e afirmar que voltaria a utilizar o criptoativo somente quando existir a confirmação de uso razoável de energia limpa pelas mineradoras  

Na semana passada, 26 mineradoras da província de Sichuan, no sudoeste da China, foram fechadas pelas autoridades locais. Vale destacar que o local é uma das maiores bases de mineração do país. 

O aviso divulgado nas redes sociais determina que as companhias elétricas deixem de fornecer energia para todas as minas de criptomoeda até domingo.  

Segundo o jornal Global Times, este fechamento comprometeu mais de 90% da capacidade de mineração de bitcoins chinesa. 

 Foto: André François McKenzie

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