Ibovespa sobe com alívio fiscal e expectativas sobre juros nos EUA 

A quinta-feira (26) começou movimentada nos mercados, com o Ibovespa em alta de 0,63%, aos 136.641 pontos, refletindo o otimismo dos investidores diante de uma série de eventos relevantes que movimentam os mercados. No Brasil, o destaque vai para a derrubada do decreto que aumentava o IOF. No cenário internacional, as atenções se dividem entre o frágil cessar-fogo entre Israel e Irã e as especulações sobre uma possível troca no comando do Federal Reserve por Donald Trump. A divulgação de dados econômicos cruciais também acontece hoje, como o PIB e a balança comercial dos EUA e o IPCA-15 no Brasil. 

A decisão do Congresso sobre a derrubada do decreto que mantinha aumento do IOF foi tomada na véspera, vista como um sinal de moderação fiscal, ainda que traga implicações para o orçamento de 2025. A medida aprovada susta os efeitos do decreto presidencial que alterava as regras de cobrança do IOF. De acordo com estimativas do Ministério da Fazenda, a revogação poderá reduzir a arrecadação federal em cerca de R$ 10 bilhões ainda neste ano. Analistas indicam que, como resposta, o governo deverá anunciar bloqueios e contingenciamentos no orçamento, medida necessária para manter a trajetória de responsabilidade fiscal. 

No cenário internacional, os mercados acompanham com atenção os desdobramentos do cessar-fogo entre Israel e Irã. Apesar do acordo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que “a guerra pode recomeçar”, embora tenha ressaltado que ambos os países estão desgastados. Investidores também monitoram a possibilidade de Trump acelerar a escolha de um novo presidente para o Federal Reserve, o que reforça apostas de cortes de juros antecipados nos EUA — impulsionando os índices futuros em Nova York e o apetite por risco em geral. 

Na frente de dados econômicos, o IPCA-15 de junho registrou alta de 0,26%, segundo o IBGE, desacelerando frente aos 0,36% de maio. No acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 5,27%, abaixo dos 5,40% do período anterior, sugerindo um arrefecimento gradual das pressões inflacionárias. 

Nos Estados Unidos, o PIB do primeiro trimestre recuou 0,5% em ritmo anualizado, após crescimento de 2,4% no trimestre anterior, conforme a terceira estimativa do Departamento de Análise Econômica. A queda foi influenciada principalmente pela alta das importações e pela retração nos gastos do governo. Por outro lado, os gastos dos consumidores e os investimentos privados mostraram expansão moderada. A balança comercial de bens também trouxe sinal de desaceleração, com déficit ampliado para US$ 96,6 bilhões em maio.

Por volta das 10h35, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

Altas

• CSN (CSNA3): +4,14%

• MRV (MRVE3): +3,45%

• Azzas (AZZA3): +3,17%

Baixas

• Localiza (RENT3): -4,10%

• Vamos (VAMO3): -1,89%

• Vibra (VBBR3): -1,15%

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