Ibovespa se sustenta em dia de forte volatilidade e foco na política monetária

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (25) em leve alta de 0,21%, aos 135.016 pontos. O índice renovou a máxima e segue buscando firmar-se nos 135 mil pontos, em meio a discursos sobre política monetária e às incertezas envolvendo a guerra tarifária. Em Nova York, os principais índices fecharam de forma mista, refletindo um dia marcado por forte volatilidade em Wall Street, com oscilações amplas entre quedas e altas expressivas.

Esta será uma semana intensa, com a divulgação de dados econômicos relevantes, como o PIB do primeiro trimestre de 2025 e o payroll — considerado o principal indicador do mercado de trabalho nos EUA — além dos balanços financeiros de grandes empresas, incluindo as gigantes do setor de tecnologia (big techs). Também permanece no radar uma possível negociação entre Estados Unidos e China relacionada à guerra comercial.

No cenário doméstico, a política monetária voltou a ganhar destaque. A percepção dos analistas é de que o ciclo de aperto monetário no Brasil se aproxima do fim. Durante um evento na manhã desta segunda-feira, o presidente do Banco Central afirmou que a instituição está “bastante incomodada” com as expectativas de inflação, que seguem “desancoradas”. Galípolo também ressaltou que o BC ainda precisa reunir mais evidências de que a inflação está caminhando para a meta e que a política monetária está surtindo os efeitos esperados, frisando que não existe uma variável isolada capaz de garantir essa confiança.

No setor de energia, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontaram que a produção brasileira de petróleo e gás natural cresceu 9,31% em março de 2025, totalizando 4,658 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Apesar disso, os preços internacionais do petróleo encerraram o dia em queda, pressionados pelas incertezas em torno das negociações comerciais entre EUA e China, que obscurecem as perspectivas de crescimento global e de demanda por combustível, além da expectativa de aumento da oferta pela Opep+. Nesse contexto, as ações da Petrobras fecharam em baixa: PETR3 recuou 0,64% e PETR4, 0,39%.

Entre as principais altas do Ibovespa, destaque para a Automob (AMOB3), que disparou 8,33% após a aprovação em Assembleia do grupamento de ações da companhia na proporção de 50 para 1. Já a Lojas Renner (LREN3) subiu 3,32%, impulsionada pela elevação de sua recomendação de “neutra” para “compra” pela XP Investimentos.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas

• Automob (AMOB3): +8,33%

• Lojas Renner (LREN3): +3,32%

• Yduqs (YDUQ3): +3,11%

• Petz (PETZ3): +2,65%

• Cyrela (CYRE3): +2,45%

Baixas

• IRB (IRBR3): -5,37%

• Minerva (BEEF3): -4,47%

• Marfrig (MRFG3): -4,03%

• Hypera (HYPE3): -3,95%

• Pão de Açúcar (PCAR3): -3,41%

EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: +0,28%

• Nasdaq: -0,10%

• S&P 500: +0,06%