Ibovespa rompe marca histórica e fecha acima dos 153 mil pontos pela primeira vez

Fonte: Shutterstock/Bigc Studio

O Ibovespa encerrou a quarta-feira (5) em alta de 1,72%, aos 153.294 pontos, no 11º pregão consecutivo de valorização, igualando o rali de julho de 2024 e marcando o oitavo recorde histórico seguido.

O mercado acompanhou com atenção a decisão do Copom, que será divulgada após o fechamento. A expectativa predominante é pela manutenção da Selic em 15%, mas o tom do comunicado se tornou o principal foco, por poder indicar quando começará o ciclo de cortes de juros em 2026, se em janeiro ou março. Analistas avaliam que o Banco Central deve reafirmar o compromisso com o controle da inflação, ao mesmo tempo em que prepara o terreno para uma flexibilização gradual no próximo ano.

Em Brasília, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil, medida que eleva a pressão fiscal e exigirá compensações.

No cenário internacional, os mercados reagiram positivamente a sinais de alívio nas tensões comerciais entre EUA e China, após a Casa Branca e Pequim reduzirem tarifas sobre produtos químicos e agrícolas, em gesto interpretado como reaproximação diplomática.

O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou lucro recorrente recorde de R$ 11,9 bilhões no 3º trimestre, alta de 11,3% em 12 meses e acima do esperado. O ROE consolidado chegou a 23,3%, o maior entre os grandes bancos, reforçando a liderança do Itaú em rentabilidade e eficiência. O banco revisou para cima sua projeção de margem financeira de mercado (NII) e deve distribuir capital excedente no fim do ano. As ações subiram 0,43%.

A C&A (CEAB3) foi o destaque positivo do pregão, com alta de 8,51%, após divulgar resultados acima das expectativas: lucro líquido de R$ 69,5 milhões, avanço de 62% ante 2024, e Ebitda ajustado de R$ 321 milhões, com margem de 18,1%. A varejista segue reduzindo alavancagem e aumentando a rentabilidade, o que levou BTG Pactual e Citi a reiterarem recomendação de compra.

As ações da CSN (CSNA3) e da CSN Mineração (CMIN3) recuaram 4,60% e 0,17%, respectivamente, após resultados mistos. Apesar do Ebitda de R$ 3,3 bilhões e dos avanços operacionais, o fluxo de caixa negativo e a dívida líquida de R$ 37,5 bilhões continuam preocupando. A companhia prepara a criação da CSN Infraestrutura, que reunirá ativos logísticos e deve gerar liquidez bilionária para reduzir alavancagem em 2026.

A Cosan (CSAN3) avançou 3,73% após levantar R$ 9 bilhões em nova emissão de ações, marcando a entrada de BTG Pactual e Perfin como novos sócios. O aporte reforça o caixa e deve reduzir quase pela metade a dívida consolidada do grupo, gerando economia estimada de R$ 1 bilhão por ano em despesas financeiras.

O Magazine Luiza (MGLU3) subiu 4,30% após lançar uma ferramenta de vendas via WhatsApp com inteligência artificial generativa, desenvolvida em parceria com Google e Meta. A solução permitirá compras completas dentro do aplicativo e deve alcançar toda a base de clientes até o fim de 2025.

O setor de serviços brasileiro mostrou leve recuperação em outubro, com o PMI subindo para 47,7 pontos, ante 46,3 em setembro, ainda em zona de contração, mas com sinais de resiliência.

Nos Estados Unidos, o mercado de trabalho criou 42 mil vagas em outubro, quase o dobro do esperado, reforçando a força da economia americana e adicionando pressão às expectativas de política monetária global.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Vamos (VAMO3): +8,66%

• C&A Modas (CEAB3): +8,51%

• Assaí (ASAI3): +5,54%

• Auren (AURE3): +4,41%

• Magalu (MGLU3): +4,30%


Baixas

• CSN (CSNA3): -4,60%

• Yduqs (YDUQ3): -2,37%

• Motiva (MOTV3): -1,35%

• Raízen (RAIZ4): -1,09%

• Suzano (SUZB3): -1,03%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (05/11):

• Segunda-Feira (03): +0,61%

• Terça-Feira (04): +0,17%

• Quarta-Feira (05): +1,72%

• Na semana: +2,51%

• Em novembro./2025: +2,51%

• No 4°tri./25: +4,83%

• Em 12 meses: +17,32%

• Em 2025: +27,44%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,48%

• Nasdaq: +0,65%

• S&P 500: +0,37%


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