Após encerrar o ano de 2023 com 134.185 pontos, o Ibovespa, principal índice da B3, enfrenta no primeiro semestre de 2024 um cenário de muitos desafios econômicos os quais impactam negativamente o indicador. O desempenho do índice em 2024 até 29 de maio registrou uma desvalorização de -8,55%, o que representa o seu pior resultado desde 2013, excluindo o impacto da pandemia ocorrida em 2020 e considerando em todos os anos a variação até o dia 29 de maio de cada ano. Além disso, hoje (29) o índice registrou seu menor patamar desde 13 de novembro de 2023 com 122.707 pontos.
Este ano, as atenções têm se voltado para as decisões de política monetária, especialmente nos Estados Unidos, onde o adiamento da flexibilização monetária exerce uma influência marcante sobre o mercado acionário brasileiro. Inicialmente, as expectativas giravam em torno da possibilidade de o FOMC reduzir as taxas de juros nos EUA já em março. Entretanto, essas expectativas foram frustradas, uma vez que a taxa de juros permanece inalterada desde junho de 2023.
Além das preocupações em relação à política monetária nos EUA, o desempenho da economia chinesa também gerou apreensão. A China enfrentou desafios de crescimento econômico abaixo do esperado, o que teve impacto direto nos preços das commodities, incluindo uma queda de aproximadamente 30% no preço do minério de ferro. Essa redução teve um impacto significativo nas ações de empresas como a Vale (VALE3), a empresa apresentou uma queda de 14,42% no ano até o dia 29 de maio, puxando para baixo o Ibovespa, uma vez que possui o maior peso da carteira, representando 13,8%.
Nesse contexto de incertezas, a duração do ciclo de queda da taxa de juros no Brasil agora está em xeque. Com o dólar em alta e os juros americanos estagnados, o Banco Central pode ter pouca margem para continuar reduzindo a taxa de juros, como evidenciado na última reunião do Copom, que reduziu apenas 0,25 p.p. em vez dos 0,50 p.p. esperados.
Diante do atual cenário econômico nacional e internacional, várias empresas listadas no índice sofrem com as adversidades. Entre as que mais sofrem com desvalorizações, temos: a Cogna (COGN3) e a Magalu (MGLU3), que enfrentam um ano difícil. A Cogna (COGN3), detentora de marcas renomadas como Kroton e Saber, enfrenta uma queda acumulada de -45,56% até o momento, enquanto a Magalu (MGLU3) segue logo atrás, com uma redução de -42,74%.
Dessa forma, confira abaixo o Ranking das 10 maiores desvalorizações de ações do Ibovespa no ano de 2024 até o dia 29 de maio:
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