Ibovespa recua e segue atento à resposta brasileira ao tarifaço dos EUA

Foto: Shutterstock/Immersion Imagery

Nesta sexta-feira (18), o Ibovespa iniciou o pregão com queda de 0,45%, aos 134.954 pontos, refletindo o alívio parcial dos investidores diante de sinais positivos no cenário internacional. Apesar do avanço, o clima ainda é de cautela, com o mercado doméstico aguardando os próximos passos do governo brasileiro frente às tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos. No exterior, dados econômicos e o início positivo da temporada de balanços nos EUA trazem algum fôlego aos ativos de risco.

As commodities contribuíram para sustentar o índice no campo positivo, enquanto os agentes financeiros continuam atentos à escalada retórica entre os governos do Brasil e dos EUA. Na noite de quinta-feira, em pronunciamento em cadeia nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “chantagem inaceitável” a carta de Donald Trump anunciando o tarifaço, e defendeu a soberania brasileira, especialmente em relação à tributação de empresas digitais. Para o presidente, “não há vencedores em guerras tarifárias”, em uma tentativa de reforçar o discurso de resistência, mas também de negociação.

Além das questões comerciais, o noticiário político interno ganhou peso após a deflagração de nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de mandado de busca e medidas restritivas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

No exterior, a divulgação de dados econômicos moderados ajudou a elevar o sentimento de risco. Vendas no varejo e novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos apontaram uma leve recuperação da atividade. A perspectiva de resiliência econômica tem reforçado o apetite por ações em Wall Street, ainda que o cenário siga monitorado de perto pelo Federal Reserve diante de pressões inflacionárias pontuais.

Apesar do alívio momentâneo, os mercados seguem vulneráveis a declarações e movimentações diplomáticas. O silêncio do governo americano em relação à carta enviada pelo Brasil reforça a incerteza sobre os rumos dessa disputa comercial. Investidores seguem divididos entre a força dos fundamentos externos e a complexidade do cenário político e econômico doméstico, tornando o ambiente de negócios ainda desafiador para os próximos dias.

Por volta das 10h24, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

 

Altas

 

  • Pão de Açúcar (PCAR3): +6,52%

 

  • Weg (WEGE3): +2,36%

 

  • Prio (PRIO3): +2,15%

 

 

Baixas

 

  • Minerva (BEEF3): -2,41%

 

  • Yduqs (YDUQ3): -2,02%

 

  • Usiminas (USIM5): -1,74%

 

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