Ibovespa recua com mercado esvaziado por feriado nos EUA e foco em Brasília

Foto: Shutterstock/NikoNomad

Nesta sexta-feira (04), o índice Ibovespa abriu o pregão com queda de 0,14%, aos 140.729 pontos. Com os mercados dos Estados Unidos fechados pelo feriado do Dia da Independência, os holofotes se voltam ao cenário doméstico, onde falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dominam a agenda. Também estão no radar os números da indústria brasileira e os desdobramentos da política fiscal e comercial global, diante das recentes declarações do presidente americano, Donald Trump.

No Brasil, Lula e Haddad participam nesta manhã de evento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), no Rio de Janeiro. Ainda hoje, o presidente participa de cerimônia na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), onde a Petrobras apresentará novos investimentos no setor de refino, com foco em projetos sustentáveis que, segundo a empresa, podem gerar mais de 38 mil empregos diretos e indiretos. A expectativa recai sobre possíveis declarações sobre o cenário fiscal e planos de investimento da estatal.

Com a liquidez reduzida nos mercados, o ambiente interno assume papel protagonista na precificação dos ativos. Em entrevista, Haddad demonstrou otimismo quanto à possibilidade de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ainda neste ano, uma sinalização que busca amenizar o clima de incerteza diante da tensão fiscal no país.

No exterior, mesmo com os mercados americanos fechados, os desdobramentos das negociações comerciais seguem gerando cautela. Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que começaria nesta sexta-feira a enviar notificações a parceiros comerciais comunicando tarifas unilaterais, que podem variar entre 10% e 70%. Além disso, confirmou a aprovação no Congresso de um pacote fiscal de US$ 3,4 trilhões, medida que deve intensificar os gastos do governo e reduzir as expectativas de cortes mais agressivos na taxa de juros dos EUA.

Além disso, os preços do petróleo operam em queda nesta sexta-feira, à medida que os investidores aguardam a próxima reunião da OPEP+, que deve oficializar um novo aumento na produção. A expectativa de ampliação da oferta reforça os temores de um desequilíbrio no mercado global, especialmente diante da previsão de excedente para o final do ano. Por outro lado, o minério de ferro encerrou a segunda semana consecutiva em alta na China, sustentado por sinalizações do governo de Pequim de que atuará para conter disputas de preços entre produtores.

Entre os dados econômicos nacionais, o IBGE divulgou que os preços da indústria caíram 1,29% em maio, na comparação com abril, a quarta queda mensal consecutiva. No acumulado de 2025, o índice recua 1,97%, mas ainda acumula alta de 5,78% em 12 meses. Das 24 atividades industriais analisadas, 17 registraram retração. Os maiores recuos vieram da metalurgia (-3,46%), produtos químicos (-3,11%) e indústrias extrativas (-3,03%). O setor de alimentos teve o maior peso negativo no índice.

Por volta das 10h35, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

 

Altas

 

  • Vibra (VBBR3): +2,46%

 

  • Pão de Açúcar (PCAR3): +2,19%

 

  • Assaí (ASAI3): +1,95%

 

 

Baixas

 

  • Yduqs (YDUQ3): -1,75%

 

  • Cogna (COGN3): -1,37%

 

  • BRF (BRFS3): -1,62%

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