Ibovespa fecha em queda com pressão do Banco do Brasil e destaque positivo da Marfrig

Shutterstock/Vintage Tone

O Ibovespa fechou esta sexta-feira (16) em leve queda de 0,11%, mantendo-se nos 139.187 pontos, pressionado por preocupações fiscais e dados econômicos fracos nos EUA. Apesar disso, o índice acumulou alta semanal de 1,96%.

O Banco do Brasil (BBAS3) foi destaque negativo, com suas ações despencando 12,69% — a maior queda em um único pregão nos últimos cinco anos. O banco registrou lucro líquido ajustado de R$ 7,374 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2024 e 23% abaixo do quarto trimestre, frustrando a expectativa de R$ 9,093 bilhões. Analistas apontam que a deterioração da qualidade dos ativos no segmento agrícola e o impacto da Resolução CMN nº 4.966 pesaram no resultado.

Em contrapartida, a Marfrig (MRFG3) se destacou positivamente, com alta de 21,35%, atingindo R$ 25,07 — seu maior valor em 10 anos. O avanço ocorreu após a divulgação de um lucro líquido de R$ 88 milhões no 1T25, alta de 40,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, e Ebitda ajustado de R$ 3,2 bilhões, em linha com as expectativas de R$ 3,01 bilhões. Além dos resultados sólidos, a fusão com a BRF (BRFS3) para formar a MBRF Global Foods Company, com receita anual estimada de R$ 153 bilhões e sinergias de R$ 800 milhões, também impulsionou as ações. A nova gigante terá operações em 117 países, com produção de 8 milhões de toneladas anuais.

No cenário macroeconômico, o relatório Prisma Fiscal de maio do Ministério da Fazenda trouxe projeções mais positivas para a dívida pública. Para 2025, a estimativa caiu para 80,30% do PIB, ante 80,50% em abril. Para 2026, a previsão passou de 84,55% para 84,49%. Por outro lado, economistas reduziram a expectativa para o superávit primário do próximo ano e agora veem estabilidade na Selic para o restante de 2025.

Nos EUA, apesar da queda na confiança do consumidor, investidores mostraram otimismo com a possível redução das tensões comerciais entre China e EUA, diminuindo as preocupações com estagflação. Analistas apontam que, apesar das incertezas, o consumo americano permanece resiliente.

 

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

 

Altas

• Marfrig (MRFG3): +21,35%

• Petz (PETZ3): +7,18%

• CVC (CVCB3): +5,86%

• Vamos (VAMO3): +4,61%

• Hapvida (HAPV3): +4,44%


Baixas

• Banco do Brasil (BBAS3): -12,69%

• Yduqs (YDUQ3): -3,63%

• Azul (AZUL4): -2,63%

• CSN (CSNA3): -2,16%

• Cosan (CSAN3): -1,94%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,78%

• Nasdaq: +0,52%

• S&P 500: +0,70%

 

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