Ibovespa avança com apoio de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4)

Fonte: Shutterstock/Vach cameraman

O Ibovespa encerrou a quarta-feira (22) em alta de 0,55%, aos 144.873 pontos, impulsionado pelo bom desempenho de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), mesmo diante de um cenário internacional ainda cauteloso.

A Vale reportou produção recorde de 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre, o maior volume desde 2018, o que levou suas ações a subirem 1,78%, a R$ 61,88, maior patamar desde janeiro de 2024. Casas como Goldman Sachs, XP e Bradesco BBI classificaram o relatório como sólido e revisaram para cima suas projeções de lucro e EBITDA, reforçando a expectativa de que a mineradora alcance o topo de suas metas anuais.

A Petrobras (PETR4) avançou 1,15% após arrematar dois blocos do pré-sal na Bacia de Campos, em parceria com a norueguesa Equinor, consolidando sua liderança na região. A estatal também recebeu licença do Ibama para iniciar a perfuração exploratória na Foz do Amazonas, área considerada o maior potencial petrolífero brasileiro desde o pré-sal. Embora o projeto seja de longo prazo, estimativas iniciais indicam que ele pode elevar as reservas nacionais em até 34%.

O otimismo com o setor de energia impulsionou outras petroleiras: Prio (PRIO3) e Brava Energia (BRAV3) avançaram 3,02% e 2,18%, respectivamente, acompanhando a valorização do petróleo Brent e WTI, que subiram cerca de 3% após queda dos estoques nos EUA e planos de recomposição da reserva estratégica americana.

A WEG (WEGE3) também figurou entre os destaques positivos, subindo 0,88% após divulgar lucro líquido de R$ 1,65 bilhão, alta de 4,5% em relação ao ano anterior. O mercado reagiu bem à margem Ebitda de 22,2%, acima das estimativas, refletindo resiliência operacional e expansão internacional, mesmo com o impacto das tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

Entre as quedas, Assaí (ASAI3) recuou 7,08%, na segunda maior baixa intradiária do ano, após o JPMorgan rebaixar a recomendação do papel para venda, citando desaceleração de receitas e margens sob pressão. Fleury (FLRY3) caiu 2,69% após o fim das negociações com a Rede D’Or (RDOR3).

O setor de educação foi um dos pontos de alta, com Cogna (COGN3) subindo 2,44% após relatório do BTG Pactual apontar melhora de margens e estabilidade operacional.

No campo corporativo mais amplo, a Eletrobras (ELET3) anunciou a venda de sua participação na Eletronuclear para a Âmbar Energia, da J&F, por R$ 535 milhões, e apresentou sua nova identidade: AXIA Energia. A mudança marca uma nova fase da companhia, mais voltada à geração de valor e inovação no setor elétrico. As ações, porém, recuaram 1,49%.

No mercado de crédito privado, o ambiente segue pressionado pelos casos de Ambipar e Braskem, que afetaram os títulos da Raízen (RAIZ4). As ações da companhia caíram 2,08%, refletindo a cautela dos investidores diante do aumento de volatilidade.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Vamos (VAMO3): +5,48%

• Auren (AURE3): +3,82%

• MRV (MRVE3): +3,46%

• Prio (PRIO3): +3,02%

• Cogna (COGN3): +2,44%


Baixas

• Assaí (ASAI3): -7,08%

• C&A Modas (CEAB3): -2,92%

• Fleury (FLRY3): -2,69%

• Raízen (RAIZ4): -2,08%

• Eletrobras (ELET3): -1,49%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (22/10):

• Segunda-Feira (20): +0,77%

• Terça-Feira (21): -0,29%

• Quarta-Feira (22): +0,55%

• Na semana: +1,03%

• Em outubro./2025: -0,93%

• No 4°tri./25: -0,93%

• Em 2025: +20,44%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em queda:

• Dow Jones: -0,71%

• Nasdaq: -0,93%

• S&P 500: -0,53%


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