Ibovespa atinge máxima histórica com dados econômicos positivos e alívio externo

Shutterstock/NikoNomad

O Ibovespa alcançou o maior nível de sua história nesta terça-feira (13), ao superar os 139 mil pontos e fechando em alta de 1,76%, aos 138.963 pontos. O avanço foi impulsionado por um cenário externo mais positivo e pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O índice brasileiro se beneficiou de um alívio global nos mercados, após dados de inflação nos Estados Unidos (CPI) de abril mostrarem que a inflação subjacente permaneceu dentro da meta do Federal Reserve (Fed), o que reduz a pressão por novas altas de juros no país. Além disso, a trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, aumentou o apetite dos investidores por ativos mais arriscados.

O mercado também reagiu ao sinal do Banco Central brasileiro de que o ciclo de alta da Selic pode estar próximo do fim. Na ata divulgada hoje, o Copom indicou que, mesmo com a recente alta de 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, futuras decisões dependerão da evolução das expectativas de inflação e do cenário fiscal.

Criptomoedas em alta

O ambiente favorável ao risco também beneficiou o mercado de criptomoedas, com o Bitcoin superando a marca de US$ 104 mil, refletindo a melhora no humor global. O Ethereum também registrou ganhos, acompanhando o movimento.

Destaques corporativos

Entre as ações, Hapvida (HAPV3) se destacou com alta de 11,30%, marcando sua maior valorização intradia em dois anos. A empresa reportou lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões no primeiro trimestre, queda de 15,8% em relação ao mesmo período de 2024, mas acima das expectativas do mercado, que previa R$ 360 milhões.

Por outro lado, a Yduqs (YDUQ3) teve a maior queda do dia de 8,48%, recuando após divulgar lucro líquido de R$ 128,7 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 14,6% ante o mesmo período do ano passado e abaixo da expectativa do mercado, que esperava R$ 170 milhões.

Perspectivas para o Fed e cenário global

Apesar do otimismo, as incertezas comerciais seguem no radar. Mesmo com a trégua entre EUA e China, investidores ainda aguardam desdobramentos concretos nas negociações tarifárias. Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a pressionar o Fed por cortes nos juros, reforçando que os preços de “praticamente tudo” estão em baixa e que uma redução de 50 pontos-base é esperada para setembro.

As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:

Altas

• Hapvida (HAPV3): +11,30%

• Azul (AZUL4): +10,85%

• CVC (CVCB3): +9,29%

• Pão de Açúcar (PCAR3): +7,72%

• Natura (NTCO3): +6,50%


Baixas

• Yduqs (YDUQ3): -8,48%

• JBS (JBSS3): -2,48%

• Brava Energia (BRAV3): -2,35%

• Cyrela (CYRE3): -1,53%

• Braskem (BRKM5): -1,10%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: -0,64%

• Nasdaq: +1,61%

• S&P 500: +0,72%

 

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