Ibovespa abre em queda com tensão geopolítica e resultados corporativos

Foto: Shutterstock/Adam Vilimek

Nesta sexta-feira (15), o Ibovespa abriu em baixa de 0,42%, aos 135.784 pontos, em meio à expectativa pelo encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, para discutir um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia. O mercado também repercute o balanço do Banco do Brasil, divulgado na véspera, e acompanha novas sinalizações de política comercial de Trump, que anunciou tarifas sobre aço e semicondutores. No cenário interno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da inauguração da fábrica da montadora chinesa Great Wall Motors (GWM) em São Paulo, enquanto responde a críticas do líder norte-americano.

O encontro entre Trump e Putin, realizado nesta sexta, concentra a atenção global por seu potencial de redefinir os fluxos do petróleo russo e impactar o comércio internacional. A reunião ocorre após Trump ameaçar impor sanções secundárias à Rússia caso não haja avanço nas negociações. Ao mesmo tempo, o presidente americano disse que anunciará na próxima semana tarifas sobre importações de aço e, posteriormente, sobre chips semicondutores, medida que pode ampliar tensões no comércio global.

No Brasil, Lula rebateu as declarações de Trump, que classificou o país como um dos “piores parceiros comerciais”. “É mentira que o Brasil seja mau parceiro. O Brasil é bom, só não vai andar de joelhos para o governo americano”, afirmou. O presidente participa nesta manhã da inauguração da planta da GWM em Iracemápolis (SP), primeira a produzir no país veículos híbridos plug-in, que combinam motor a combustão e elétrico e podem ser carregados na tomada.

No mercado de commodities, o petróleo recua após ganhos de cerca de 2% na véspera, com agentes aguardando os desdobramentos do encontro entre Trump e Putin e avaliando riscos de oferta caso as negociações de paz fracassem. O minério de ferro na China também encerra a semana em baixa, pressionado pela fraca demanda do setor imobiliário e pela redução da atividade de construção ao ar livre, que afetou a demanda por aço.

Entre os indicadores, a taxa de desemprego caiu em todas as Unidades da Federação entre o primeiro e o segundo trimestre, segundo a Pnad Contínua do IBGE. Já no setor corporativo, o Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões no 2T25, queda de 60% ante o mesmo período de 2024 e bem abaixo das estimativas de R$ 5 bilhões compiladas pela LSEG. O resultado fraco pressionou as ações do banco no pré-mercado e adicionou cautela aos negócios domésticos.

Por volta das 10h33, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

 

Altas

 

  • IRB (IRBR3): +4,35%

 

  • BRF (BRFS3): +3,66%

 

  • Marfrig (MRFG3): +2,98%

 

 

Baixas

 

  • Yduqs (YDUQ3): -2,99%

 

  • Banco do Brasil (BBAS3): -3,02%

 

  • Cemig (CMIG4): -2,22%

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