Olá, investidor(a)!
Tudo bem?
Aqui está, saindo quentinha do forno, mais uma edição da TradeLetter, a mais divertida newsletter de notícias do mercado financeiro.
Nesta edição, vamos olhar em retrospecto para tudo que de mais interessante aconteceu nas últimas duas semanas. Bora lá?
E os troféus de maiores altas e maiores baixas do ano vão para…
🥇 UGPA3 = +16,82%
🥈 CIEL3 = +14,85%
🥉 USIM5 = +14,64%
👎 GOLL4 = -71,35%
👎👎 MRVE3 = -31,43%
👎👎👎 COGN3 = -30,09%
E lá fora?
Dow Jones = +3,66%
S&P-500 = +6,65%
Nasdaq = +6,86%
Dólar Ptax = +2,08%
*Dados do ano até o fechamento de 22/02/2024.
Agora, sem mais delongas, vamos ao que interessa!
Ventos favoráveis para a economia brasileira
A julgar pelos dados do último Boletim Focus — aquele famoso relatório semanal do BC que contém o resumo das expectativas do mercado para alguns indicadores da economia brasileira —, estamos navegando em direção a nada mais do que um horizonte azul e calmo.
Entre as projeções do boletim, as perspectivas para a taxa Selic foram mantidas: 9% ao ano para o fim de 2024 e 8,5% a.a. para o fim de 2025.
Os destaques, por outro lado, ficaram para as projeções para o Produto Interno Bruto e inflação.
Do lado do PIB, a projeção para a alta deste ano avançou de 1,60% para 1,68%. Para 2025, a estabilidade para o crescimento econômico foi mantida: os mesmos 2% desde a última leitura do relatório.
Falando em inflação, o Boletim Focus tem semana a semana revisado as projeções do índice IPCA para baixo. Há semanas, a expectativa de fechamento para 2024 era de 3,86%. Na última edição, os consultados continuaram otimistas apostando em 3,81%. Já para 2025, a projeção pulou de 3,51% para 3,52%.
Por fim, o IGP-M, outra medida da inflação, apresentou recuo de 3,67% para 3,3% para 2024. Há um mês, a perspectiva era de 4,04%. Para o ano que vem, há um mês a expectativa era de 3,99%; agora os economistas já falam em 3,81%.
É, meus caros, são números animadores! Tão animadores que colocam logo um largo sorriso no rosto do nosso Capitão Neto Sparrow ao olhar para esse não tão distante horizonte.
VOCÊ NÃO VAI BAIXAR!
Mais um capítulo da novela juros americanos…
Saiu agora nessa quarta (21) a ata da última reunião do Fed realizada entre 30 e 31.
De olho no que os membros do FOMC discutiram na reunião, o mercado como um todo parou para acompanhar a divulgação como se fosse o último capítulo de uma novela das nove.
Segundo a ata, “os participantes destacaram a incerteza associada a quanto tempo uma postura restritiva da política monetária precisaria ser mantida” para retornar a inflação à meta de 2% do Fed.
Ainda de acordo com a ata, os diretores em geral concordaram que precisavam de “maior confiança” na queda da inflação antes de considerarem cortar as taxas. Alguns participantes também citaram que o progresso na inflação possa estagnar completamente se a economia continuar a ter um desempenho tão forte como tem feito.
Apesar disso, como é sabido, o Fed manteve a sua taxa de juros no intervalo entre 5,25% e 5,50%, definida em julho, e abriu a porta para cortes nas taxas apenas quando os decisores políticos “ganharem maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável”.
A ata também registrou decisões futuras sobre quando e como parar de reduzir o tamanho do balanço trilionário do Fed, com “muitos participantes” sugerindo o início de discussões “aprofundadas” sobre a política de balanço na próxima reunião de março.
Essa novela ainda vai longe…
O futuro das commodities
E, por falar em juros, não só os investidores do mercado de ações têm esperado por sua queda. Os investidores de commodities também.
Na última semana, os analistas de commodities do Goldman Sachs afirmaram que os preços das matérias-primas têm acompanhado as mudanças nas expectativas do mercado sobre a redução dos juros americanos. Segundo eles, as commodities serão muito favorecidas por juros mais baixos e uma postura mais flexível do Fed.
Espera-se, resultado desse movimento, um impacto mais expressivo sobre os preços de metais industriais, especialmente cobre e ouro, e sobre produtos cíclicos como petróleo e petróleo bruto, beneficiados, porém, em menor grau.
Gás natural e commodities agrícolas não tendem a apresentar resposta significativa à variação da taxa de juros. Em seu caso, ciclos sazonais de estoque e condições climáticas exercem papel mais relevante sobre seus preços.
Em geral, a análise do Goldman Sachs sustenta uma postura moderadamente otimistas sobre commodities.
Num cenário de queda dos juros em meio a uma desaceleração da inflação e crescimento estável, metais industriais, principalmente cobra, podem ser a bolsa da vez.
Num cenário de queda mais brusca, o Goldman destaca o valor potencial em petróleo e seus produtos como uma proteção contra a inflação em condições econômicas estáveis, e em petróleo e ouro como salvaguardas contra interrupções geopolíticas em caso de um possível pouso forçado.
O que essa queda dos juros americanos vai nos beneficiar não tá no gibi! Aguardemos, amiguinhos. Aguardemos!
Tá osso…
É oficial: Ibovespa tem o 4º pior retorno dolarizado em ranking de 22 índices mundiais.
Depois da disparada de 22% em 2023, nosso querido Ibov tem apanhado feito mala velha em relação às demais bolsas mundiais.
Até o fechamento desta quinta-feira (22), o Ibovespa acumulava perda de 4,92% em dólares no ano, ficando atrás apenas dos índices PSI-20 (-5,20%) de Portugal, All Share (-7,25%) da África do Sul e o IPSA (-9,39%) do Chile. Assim não dá, né, Ibov?! Pior que isso, só os 7×1 de 2014!
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Dinheiro [gringo] na mão é vendaval
Voltando à nossa programação normal, essa queda do índice Ibovespa que, evidentemente, não é injustificada, tem relação direta com a retirada de recursos estrangeiros da bolsa brasileira.
Segundo dados da B3, até o dia 21 de fevereiro, nossa bolsa já deu tchau para mais de R$ 17 bilhões de doletas, quebrando uma sequência de quatro anos de entrada líquida de recursos.
Segundo especialistas, a debandada de dinheiro gringo tem relação com a realização de lucros depois dos ralis de novembro e dezembro, algo que falamos na edição anterior da nossa TradeLetter. São investidores estrangeiros colocando os lucros nos seus gordos bolsos pura e simplesmente.
Mas cá entre nós: a galera tá rapando o tacho…
Uma palavra: NVIDIA
Sério, nessa seção eu não precisaria falar mais nada. Mas seguindo o espírito da TradeLetter — ou seja, comentar a respeito de tudo, mesmo sem ser chamada —, aqui vai:
769%! 7-6-9-PORCENTOS!
Esse foi o lucro líquido reportado pela empresa especializada na fabricação de componentes eletrônicos no quarto trimestre fiscal de 2023 em relação ao quarto trimestre de 2022.
Em termos de bufunfa, o momento somou o equivalente a US$ 12,285 bilhões. O lucro diluído por ações saltou no mesmo período para 765% e, em termos monetários, para US$ 4,93. A receita, por sua vez, avançou 265%, para US$ 22,1 bilhões.
Não tem juros altos que assustem a NVIDIA! Em menos de dois meses, as ações já subiram 56% na Nasdaq, bolsa americana onde os papéis são negociados.
O avanço permitiu à companhia esbanjar um valor de mercado de US$ 1,8 trilhão, aproximadamente o equivalente a R$ 8,97 trilhões, segundo a cotação atual do dólar. Para se ter uma ideia da magnitude da empresa, o seu tamanho é quase o dobro de todas as ações listadas na B3 e ainda maior do que outros players consolidados do mercado, como a Alphabet.
Hora de dar tchau!
Por hoje é só, galerinha!
Como não sou acionista da Nvidia, vejo vocês daqui a 15 dias!
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