Após um primeiro semestre no “vermelho”, os investidores estrangeiros encerraram o mês de julho com entrada líquida de R$ 7,346 bilhões na bolsa brasileira, marcando o primeiro mês positivo de 2024. No acumulado de 2024 até julho, as saídas líquidas somam R$ 31,515 bilhões, considerando mercado primário e secundário.
A movimentação dos investidores estrangeiros é fortemente influenciada pela taxa de juros nos Estados Unidos e pela confiança na política fiscal brasileira. Na última Super Quarta (31/08), o Fed decidiu manter os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. No entanto, o destaque foi a declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, que indicou que um corte nos juros está próximo. Se esse corte esperado se concretizar em setembro, que a bolsa brasileira fique mais atrativa para os estrangeiros.
Além disso, o recente sinal fiscal trouxe um certo ânimo aos investidores. O governo anunciou um congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano e a intenção de cortar R$ 25,9 bilhões no ano que vem.
Superando os ganhos de fevereiro e junho, o Ibovespa encerrou julho com alta de 3,02%. A tendência positiva teve início nas duas primeiras semanas, quando o índice registrou 11 altas consecutivas, um feito não observado em mais de dois anos, embora o índice ainda acumule perda de 4,87% no ano de 2024.
Essa correlação evidencia a influência direta que o movimento dos investidores estrangeiros tem sobre o mercado acionário brasileiro, especialmente considerando sua presença expressiva, representando 53,9% do total de participação, é relevante notar que, de junho para julho, os investidores estrangeiros aumentaram sua participação na B3 em 1,1 ponto percentual.
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