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ETFs de cripto foram os que mais subiram em julho – mas ainda acumulam forte queda em 2022

Fundos atrelados a ativos digitais dominam lista de valorização no mês, mas ainda são exceção entre as opções com maior número de investidores

Foto: Shutterstock

De todos os ETFs negociados na Bolsa, os vinculados a criptoativos foram os que mais tiveram valorização em julho, segundo dados divulgados pela B3 nesta segunda-feira (15). A alta, porém, foi insuficiente para apagar as perdas registradas por estes fundos ao longo de 2022.

Os ETFs são fundos de investimento cujas cotas são negociadas na Bolsa. Dentre estes ativos, os dez que mais se valorizaram no mês passado estão todos vinculados a criptoativos, refletindo a recuperação que o Bitcoin e outras moedas digitais registraram ao longo de julho.

O ETF QETH11, com lastro em Ethereum (ETH), foi o mais rentável em julho, com valorização de 68,1%. O desempenho reflete a disparada de quase 60% do ETH no mês passado, com a euforia dos investidores após os sucessos dos testes para a atualização da blockchain, que deve ser concluída no dia 15 de setembro.

Os fundos DEFI11 e QDFI11 completam o pódio, com rentabilidade de 66,2% e 63,9%, respectivamente (veja mais na tabela abaixo).

ETF de Cripto - rentabilidade em julho e em 2022

O bom desempenho em termos de preço, no entanto, não encontra paralelo em termos de liquidez. Dentre os ETFs da lista, apenas o HASH11 aparece no ranking dos 10 mais negociados da B3 em julho, com R$ 12,2 milhões, ou pouco mais de 1% do total.

O líder, BOVA11, ETF que replica o índice Bovespa, responde por 57,4% do volume negociado, totalizando R$ 692,2 milhões.

Tabela ETFs de Cripto mais negociadas em julho de 2022

Ano ainda é negativo

A despeito da boa largada no segundo semestre, os ETFs de cripto ainda amargam fortes quedas no ano. O mercado de criptoativos foi marcado pela crise na primeira metade de 2022 com a fuga generalizada de investidores de ativos de risco e pela sequência de notícias negativas envolvendo grandes plataformas do setor.

Após bater a máxima histórica de US$ 69 mil em novembro do ano passado, o Bitcoin (BTC) desacelerou para US$ 50 mil no início de janeiro e viu o seu valor cair em mais da metade até junho, quando estava sendo negociado a US$ 20 mil. O ETH teve queda ainda mais brusca e desvalorizou 71%.

Seguindo o mau humor do mercado, o fundo NFTS11 registra recuo de 66% no ano, a maior queda dos ETFs de cripto na Bolsa brasileira. A ponta de baixo ainda conta com ETHE11 e QETH11, com desvalorização de 58,1% e 57,6%, respectivamente. O HASH11, líder do mercado de ativos digitais, tem queda acumulada de 55,4% no ano.

O fundo BLOK11, que tem na carteira a dominância de Ethereum e Solana, além outras criptos e plataformas de contratos inteligentes, é a exceção e registra valorização de 16,7% em 2022. O fundo, porém, estreou em junho deste ano – ou seja, não foi totalmente impactado pela queda do mercado no primeiro semestre.

Perda de fôlego em agosto

As criptos perderam força em agosto em um movimento de correção das cotações, cenário visto como natural pelo mercado após os fortes ganhos do mês anterior.

Desde o começo deste mês, o Bitcoin está praticamente estável, com leve alta de 0,48%, negociado acima de US$ 24 mil. Já o ETH, ainda impulsionado pela expectativa das atualizações na blockchains, já registra alta de 10,3% na parcial de agosto, vendido na faixa de US$ 1,9 mil.

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