Fevereiro chegou e traz consigo uma série de expectativas para o mercado financeiro. Neste cenário dinâmico, investidores e traders passam pelo desafio de compreender as nuances econômicas que moldarão o comportamento da bolsa de valores ao longo do mês.
Para ajudá-lo a se preparar, trazemos neste artigo uma análise aprofundada sobre as expectativas para a bolsa de valores em fevereiro. Confira:
Tendências macroeconômicas
Sempre é importante atentar para os indicadores que impactam diretamente o mercado de ações, como os macroeconômicos. Aqui estão algumas das principais tendências a serem observadas:
- Inflação
Em 2023, as taxas de inflação continuaram elevadas em diversos países, desacelerando previsões de crescimento econômico e, consecutivamente, gerando incertezas para o mercado financeiro.
- Taxas de Juros
Deste modo, bancos centrais estão adotando políticas monetárias cautelosas, o que pode fazer com que o rendimento dos títulos diminua. - Aumento do PIB
Na contramão dos movimentos de recessão, especialistas preveem que o PIB brasileiro poderá crescer cerca de 1,60% em 2024, chegando a 2% em 2025. O relatório do Banco Central será divulgado no dia 2 de fevereiro.
Eventos econômicos e políticos
Eventos econômicos e políticos desempenham um papel relevante na volatilidade do mercado. Neste mês, discussões dos bancos centrais estão chamando a atenção dos analistas, por exemplo:
- Reunião do Copom: o Comitê de Política Monetária brasileiro se reuniu dia 31/01 e reduziu pela quinta vez seguida a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, de 11,75% para 11,25% ao ano.
- Reunião do Fed: já nos EUA, a reunião do Federal Reserve caminha na contramão – especialistas indicam que as taxas de juros serão mantidas até maio.
- Atualização do IPCA: a ser divulgado no dia 10 de fevereiro, os resultados do índice da inflação sustentarão as discussões sobre as taxas de juros no Brasil.
Setores em destaque
Diversificação é a palavra-chave quando se trata de investimentos, e em fevereiro não será diferente. Tecnologia, sustentabilidade e saúde são segmentos que têm atraído investidores, apresentando perspectivas promissoras.
Conheça os porquês:
1. Tecnologia
O setor de tecnologia tem mostrado resiliência, e o desenvolvimento contínuo de serviços e produtos tecnológicos deve permanecer forte por causa dos avanços na digitalização da economia.
2. Saúde
A área da saúde é frequentemente considerada defensiva, e a demanda por seus serviços segue estável, considerando tendências como o envelhecimento populacional.
3. Sustentabilidade
Empresas que demonstram comprometimento socioambiental tendem a continuar atraindo investidores, visto que a conscientização sobre ESG aumenta.
Desempenho recente
Olhar para o desempenho recente da bolsa é uma prática fundamental para entender o momento do mercado.
Em 2023, a bolsa de valores brasileira registrou seu melhor desempenho desde 2019, fechando o ano com uma alta histórica de 22% ao atingir 134.185,24 pontos.
Esse resultado positivo foi impulsionado por uma série de fatores, como a recuperação da economia pós-pandemia e a alta dos preços das commodities, beneficiando empresas exportadoras, como a Vale e a Petrobras.
Indicadores econômicos
Indicadores econômicos oferecem informações sobre o estado da economia, influenciam as decisões de política monetária e fiscal e afetam os mercados financeiros.
Por meio deles, investidores podem prever o panorama econômico para tomar decisões mais estratégicas. Estes merecem a sua atenção:
- Indicadores de emprego demonstram a força da economia e o crescimento do mercado;
- A balança comercial representa a saúde da economia do país, impactando o desenvolvimento do PIB e taxas de juros;
- O Índice de Gerentes de Compras (PMI) mede a atividade de setores-chave, explicitando o desempenho dos negócios conforme o ambiente;
- Já o nível de endividamento avalia a saúde das finanças públicas, afetando diretamente o mercado de investimentos e a valorização da moeda.
Riscos e oportunidades
A volatilidade do mercado pode ser intensificada por eventos inesperados, seja no âmbito político, econômico ou global, e, como sempre, para investir é preciso estar ciente dos riscos associados.
Veja alguns dos riscos que investidores devem considerar antes de tomar decisões em fevereiro:
- Inflação: como mencionamos anteriormente, a inflação segue elevada no cenário global – os EUA, por exemplo, mesmo implementando medidas de controle nos últimos dois anos, ainda encaram a possibilidade de viver uma recessão neste ano.
- Conflitos geopolíticos: a intensificação da guerra na Ucrânia impacta o mercado de maneira geral, dificultando a produção e a distribuição de produtos e serviços.
- Crise energética: a escassez de energia na Europa provoca aumento nos preços de energia, o que afeta as atividades e desacelera o mercado.
Apesar desses riscos, existem também oportunidades que os investidores podem explorar, como:
- Fusões e aquisições: O setor de energia é um dos setores mais ativos com propostas de grandes operações de M&A, como a da 3R Petroleum com a PetroReconcavo.
- Pagamento de dividendos: empresas brasileiras pagarão dividendos em fevereiro, como Itaú-Unibanco, Petrobras, Vale, Bradesco, entre outras.
- Política monetária: com a redução dos juros, as medidas do Banco Central devem continuar a se tornar mais acomodatícias.
Recomendações para os investidores
Diante do cenário apresentado, estar preparado, informado e atento às tendências é a chave para navegar com sucesso pelo mês de fevereiro, tomando decisões fundamentadas em meio à dinâmica da bolsa de valores.
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