Americanas (AMER3): ações podem reagir de forma negativa com pedido de recuperação judicial iminente; entenda

A Americanas (AMER3) informou , por meio de fato relevante publicado na manhã desta quinta-feira (19), que estuda realizar um pedido de recuperação judicial.

Segundo a administração da companhia, há possibilidade de haver um pedido de recuperação judicial nos próximos dias ou até menos nas próximas horas.

Ainda no fato relevante a companhia ressaltar que a posição de caixa disponível à companhia para suas atividades alcançou o valor de R$ 800 milhões.

De acordo com anúncio uma parcela significativa deste valor estava “injustificadamente indisponível” para movimentação pela companhia na data de ontem (18).

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O que achamos?

O pedido de recuperação judicial é o primeiro passo para que a empresa consiga se reerguer após inconsistência contábil de R$ 20 bilhões no balanço patrimonial.

Ao entrar com o pedido a companhia pode continuar as operações normalmente, pois o processo permite que a companhia renegocie as dívidas e os prazos de pagamentos que aliviam a pressão de uma crise financeira.

No entanto, a companhia deve ter dificuldades para atuar com um caixa de R$ 800 milhões disponíveis para suas atividades, pois pode ser que os fornecedores queiram receber a vista devido à situação em que a companhia se encontra.

Isso pressionaria o caixa da companhia, que deve buscar captar recursos para continuar as operações.

Mas os bancos já demostram resistência e podem ficar ainda mais receosos para financiar a companhia, o que levaria a Americanas a uma encruzilhada.

A saída deve ser mesmo o grupo controlador injetar um capital para que as operações continuem e a empresa gere caixa para conseguir arcar com o endividamento total.

Como as ações devem reagir?

O viés do anuncio pode ser positivo, uma vez que a empresa estende os prazos e renegocia as dívidas, no entanto, a situação ainda é complicada.

Diante disso, as ações da Americanas devem abrir em queda no pregão desta quinta-feira (19) em meio às incertezas em relação ao futuro da companhia.

As ações da companhia acumulam desvalorização de 80% desde o início do ano.