O lucro líquido ajustado da Ânima Educação, que desconsidera efeitos não recorrentes, fechou o trimestre finalizado em setembro em R$ 58,6 milhões, cifra 195,8% superior em comparação ao mesmo intervalo de 2020, quando havia somado R$ 19,8 milhões.
A receita líquida da companhia, por sua vez, totalizou R$ 816,7 milhões entre julho e setembro deste ano, salto de 132,7% em um ano. O indicador conta, pela primeira vez de forma integral, com a combinação de negócios com o grupo Laureate, aquisição finalizada em junho de 2021. Sem a operação, o aumento da receita seria de 3,4% na base anual.
Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português) ajustado da Ânima encerrou o período com avanço de 244,8%, a R$ 344,3 milhões. A margem do indicador obteve crescimento de 13,7 pontos percentuais no comparativo ano a ano, para 42,2%.
Entre os destaques operacionais, houve crescimento de 168,5% na base de alunos no terceiro trimestre após o fechamento da compra da Laureate, com mais de 310 mil estudantes na modalidade ensino acadêmico.
A Genial Investimentos vê os resultados da Ânima com bons olhos. “Mesmo com todas as adversidades trazidas pelo momento atual, a Ânima reportou dados sólidos, com aumento de ticket e redução de inadimplência. Com todas as sinergias que ainda serão absorvidas da aquisição, vemos a companhia como um dos principais nomes do setor”, destaca a equipe de análise, em relatório.
A XP Investimentos segue a mesma linha: “a empresa conseguiu apresentar grandes melhorias operacionais no trimestre, reforçando a nossa visão positiva em relação às ações – independentemente da elevada alavancagem carregada pela empresa”.
A dívida líquida ajustada da empresa educacional fechou setembro em R$ 4,667 bilhões. Com isso, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, foi a 4,1 vezes.
No pregão de sexta-feira, 12, as ações da Ânima (ANIM3) encerraram em queda de 1,62%, a R$ 7,28.