Ibovespa engata 12º recorde seguido com alívio inflacionário e otimismo nos balanços

Fonte: Shutterstock/Bigc Studio

O Ibovespa encerrou a terça-feira (11) em forte alta de 1,60%, aos 157.749 pontos, renovando recorde histórico e acumulando 15 pregões consecutivos de valorização, o 12º fechamento em máxima histórica. O movimento foi sustentado pelo alívio inflacionário, pela ata do Copom com tom mais confiante e pelo otimismo em torno dos balanços corporativos.

O IPCA registrou alta de apenas 0,09% em outubro, abaixo das projeções de 0,16% e no menor nível para o mês desde 1998. A desaceleração foi puxada pela queda na energia elétrica (-2,39%), reflexo da troca da bandeira tarifária vermelha 2 pela 1. Em 12 meses, a inflação acumula 4,68%, também inferior às expectativas. O dado reforçou a percepção de que o Banco Central poderá iniciar o ciclo de cortes de juros no início de 2026, segundo economistas.

A ata do Copom manteve o tom de confiança, afirmando que o atual patamar da Selic (15,00% a.a.) é “suficiente para garantir a convergência da inflação à meta”. O mercado interpretou o texto como um sinal de que os cortes podem começar entre janeiro e março, cenário que sustentou o apetite ao risco.

No exterior, o ambiente também foi favorável. A expectativa de fim do shutdown nos Estados Unidos, após o Senado aprovar projeto para reabrir o governo, reduziu a aversão ao risco e estimulou o fluxo de capital para mercados emergentes.

Entre os destaques corporativos, Braskem (BRKM5) saltou 18,04%, na maior alta intradiária em mais de dois anos, após o avanço das tratativas para venda da participação da Novonor para a IG4 Capital e um resultado trimestral acima das estimativas, apesar do alto endividamento. Na ponta oposta, Natura (NATU3) despencou 15,65%, em sua segunda maior queda do ano, pressionada por resultados mais fracos e pela desaceleração de receitas no Brasil e na América Latina.

As ações da Petrobras (PETR4) avançaram 2,60%, acompanhando a alta de 1,64% do petróleo Brent e o otimismo com o setor de energia. Analistas técnicos apontam possibilidade de continuidade do rali caso o papel rompa a resistência de R$ 32,80. O mercado também repercute o avanço do projeto P-79, que pode antecipar a produção no campo de Búzios para 2026.

Nos balanços, Marfrig (MBRF3) subiu 8,15%, com lucro operacional robusto e margens acima das estimativas, impulsionadas pelo bom desempenho na América do Sul. Já Porto Seguro (PSSA3) recuou 7,64%, mesmo com lucro 13% maior, diante de realização de lucros após forte valorização recente. BB Seguridade (BBSE3) caiu 2,27% após o JPMorgan rebaixar a recomendação da ação, citando a crise no agronegócio e o risco de menor rentabilidade com a futura queda da Selic.

No setor hospitalar, Rede D’Or (RDOR3) recuou 1,82% após anunciar acordo de R$ 223 milhões com a Atlântica Hospitais, controlada pela Bradesco Seguros, para incorporar a Maternidade São Luiz Star à rede Atlântica D’Or.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Braskem (BRKM5): +18,04%

• CVC (CVCB3): +11,48%

• Cosan (CSAN3): +8,27%

• Marfrig (MBRF3): +8,15%

• Magalu (MGLU3): +7,96%


Baixas

• Natura (NATU3): -15,65%

• Porto Seguro (PSSA3): -7,64%

• BB Seguridade (BBSE3): -2,27%

• Usiminas (USIM5): -1,86%

• Rede D’Or (RDOR3): -1,82%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (11/11):

• Segunda-Feira (10): +0,77%

• Terça-Feira (11): +1,60%

• Na semana: +2,39%

• Em novembro./2025: +5,49%

• No 4°tri./25: +7,87%

• Em 12 meses: +23,36%

• Em 2025: +31,15%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: +1,18%

• Nasdaq: -0,25%

• S&P 500: +0,21%


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