Maiores altas e baixas do Ibovespa na semana

Fonte: Shutterstock/casa.da.photo

Entre 2 e 7 de novembro, o Ibovespa foi influenciado por decisões de política monetária, dados econômicos e balanços corporativos.

 

O Copom manteve a taxa Selic em 15,00% ao ano, nível mais alto em 19 anos. Na balança comercial, o Brasil registrou superávit de US$ 6,96 bilhões em outubro, alta de 70,2% em relação ao mesmo mês de 2024, com exportações em crescimento e leve queda nas importações.

 

No cenário externo, o impasse orçamentário nos Estados Unidos completou 38 dias, adiando a divulgação do payroll de outubro. O mercado também acompanhou o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, que resultou na suspensão parcial de tarifas entre EUA e China.

 

A semana foi marcada ainda pela divulgação de balanços do terceiro trimestre de 2025, que contribuíram para a volatilidade do mercado.

 

Com isso, o Ibovespa registrou variações expressivas, refletindo as principais altas e baixas da semana.

 

Altas

 

A Vamos (VAMO3) liderou as altas da semana, com avanço de 9,57% na semana, impulsionada por notícias sobre novas parcerias logísticas e projeções positivas para o setor de transporte de cargas, favorecido pela retomada da atividade industrial. O movimento também refletiu expectativas de redução dos juros futuros e antecipação dos resultados trimestrais da companhia.

 

As ações da Cyrela (CYRE3) subiram 9,39% no período, apoiadas por uma série de recomendações positivas de corretoras e bancos. A XP elevou o peso da construtora em sua carteira “Top Ações”, destacando a resiliência operacional, o potencial de dividendos e o fechamento da curva de juros. A companhia também foi recomendada por Santander, BTG Pactual e Daycoval.

 

A Rede D’Or (RDOR3) teve valorização de 9,16%, após divulgar os resultados do terceiro trimestre de 2025. A rede hospitalar registrou lucro líquido de R$ 1,54 bilhão entre julho e setembro, crescimento de 32% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda somou R$ 3,23 bilhões, alta de 24,6% na comparação anual.

 

A Petrobras (PETR3;PETR4) teve avanço de 8,79% das ações ordinárias e 8,17% das ações preferenciais na semana, após divulgar lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 0,5% em relação ao mesmo período de 2024. A estatal também anunciou o pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos intercalares (R$ 0,94 por ação) e confirmou mudanças em seu Conselho Fiscal, com a renúncia de Cristina Bueno Camatta, nomeada para o cargo de Ouvidora-Geral da companhia.

 

A Fleury (FLRY3) registrou alta de 7,90% na semana. No terceiro trimestre de 2025, a companhia apresentou resultados em linha com as expectativas, com crescimento de receita impulsionado pelo maior número de dias úteis no período. O lucro líquido foi de R$ 185 milhões, queda de 3% em relação ao mesmo trimestre de 2024, influenciado pela elevação das taxas de juros e pela depreciação de ativos. No desempenho operacional, a receita líquida avançou 11,6%, totalizando R$ 2,2 bilhões.

 

Baixas


Na ponta oposta, a Minerva (BEEF3) teve a maior queda da semana, de 14,90%. Apesar do lucro líquido de R$ 120 milhões no trimestre, alta de 27,6% em relação a 2024, o resultado ficou abaixo das projeções devido ao aumento das despesas financeiras. Segundo o BTG Pactual, a geração de caixa foi positiva, mas o Ebitda ficou ligeiramente abaixo do consenso de mercado.

 

A Raízen (RAIZ4) também figurou entre as maiores quedas, com recuo de 11,58%. A companhia anunciou uma reestruturação societária para consolidar suas operações de bioenergia, incorporando quatro usinas de biomassa com patrimônio líquido conjunto superior a R$ 1,1 bilhão. Além disso, a controladora Cosan (CSAN3) confirmou planos de realizar uma nova oferta pública de ações, com potencial de captação de até R$ 1,44 bilhão, o que gerou ajustes de percepção no mercado.

 

A CSN (CSNA3) recuou 11,55%, após divulgar lucro líquido de R$ 76 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 751 milhões no mesmo período de 2024. O resultado, porém, ficou 15,5% abaixo das estimativas. Analistas apontaram que o elevado endividamento ofuscou o Ebitda, que veio acima das expectativas.

 

A Marcopolo (POMO4) caiu 10,27%, pressionada por resultados abaixo do esperado. A empresa reportou receita inferior às projeções e volumes domésticos mais fracos, o que levou o BTG Pactual a rebaixar a recomendação dos papéis de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 12 para R$ 10.

 

A semana foi marcada por forte volatilidade no Ibovespa, refletindo a combinação entre a temporada de balanços corporativos, decisões de política monetária e incertezas externas. Companhias ligadas aos setores de saúde, construção civil e petróleo se destacaram entre as altas, enquanto papéis de siderurgia, alimentos e energia recuaram diante de resultados mistos e revisões de recomendação por parte de analistas.


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