Índice de preços ao produtor no Brasil cai 0,25% em setembro, oitava queda consecutiva

Em setembro de 2025, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou queda de 0,25% frente a agosto, marcando o oitavo mês consecutivo de deflação industrial. No ano, o índice acumula -3,87%, e em 12 meses -0,40%, revertendo o aumento observado no mesmo período de 2024. A redução de preços atingiu metade das atividades industriais (12 de 24), com destaque para madeira (-3,08%), vestuário (-2,29%), e principalmente outros produtos químicos (-1,75%), este último sendo o setor de maior influência negativa no resultado agregado. A queda de alimentos (-0,40%) também teve peso relevante, tornando-se o principal vetor de retração no acumulado do ano.

Setorialmente, indústrias extrativas cresceram 0,53%, mas seguem com forte recuo no ano (-13,53%), refletindo a queda do petróleo. Refino de petróleo e biocombustíveis (+0,21%) teve leve alta, enquanto metalurgia (+0,14%) interrompeu sequência de oito quedas. Por outro lado, máquinas e equipamentos (-1,17%) e produtos químicos (-1,75%) continuaram em baixa, reforçando o cenário de desinflação disseminada na indústria, influenciado por demanda global moderada, câmbio valorizado e preços internacionais mais baixos de commodities.

Entre as grandes categorias econômicas, houve queda em bens de capital (-0,45%) e bens intermediários (-0,60%), enquanto bens de consumo subiram 0,29%, sustentados pelos duráveis (+0,31%).

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