O Ibovespa encerrou a sexta-feira (19) em alta de 0,25%, aos 145.865 pontos, acumulando valorização semanal de 2,53% e renovando a máxima histórica de fechamento. No intraday, o índice chegou a 146.398 pontos, puxado por empresas de utilidade pública e pelos grandes bancos.
Entre os destaques, o Bradesco (BBDC4) subiu 1,78% após anunciar a distribuição de R$ 3 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP). O pagamento beneficiará acionistas posicionados até 29 de setembro e será feito até abril de 2026. O BTG Pactual (BPAC11) avançou 1,58%, atingindo R$ 47,49, sua máxima histórica no fechamento. Desde o balanço do 2º trimestre, o papel já sobe 18,67% e acumula alta de 78,21% em 2025, consolidando o BTG como o terceiro maior banco da América Latina em valor de mercado (R$ 235,6 bilhões), atrás de Nubank e Itaú. Relatórios de Safra, Citi e Goldman Sachs reforçam a visão de que o banco mantém um modelo de negócios resiliente e altamente rentável.
No cenário internacional, o noticiário foi dominado pela conversa entre Donald Trump e Xi Jinping, em que trataram de comércio, fentanil, Ucrânia e do futuro do TikTok nos EUA. Trump afirmou ter feito “progressos importantes” e que se encontrará com Xi na cúpula da APEC, na Coreia do Sul. A China, porém, adotou tom mais cauteloso, indicando que ainda não há definição sobre o aplicativo.
No mercado de commodities, o petróleo recuou: o Brent caiu 1,17% a US$ 66,65 e o WTI cedeu 1,34% a US$ 62,72, refletindo temores sobre demanda global após o Fed sinalizar cortes de juros mais lentos. A queda pressionou ações do setor, como Petrobras (PETR4 -1,11%), Prio (PRIO3 -2,13%) e Brava (BRAV3 -2,32%).
Na contramão, Eletrobras (ELET3) liderou as altas do índice (+3,16%), alcançando recorde de R$ 50,55 no fechamento. Analistas apontam que o fluxo de investidores tem privilegiado papéis defensivos, reforçando a atratividade da companhia diante de juros elevados em 15,00% a.a. e da recente distribuição de R$ 4 bilhões em dividendos.
Outro movimento importante veio do STF, que decidiu que planos de saúde devem cobrir procedimentos fora da lista da ANS, mas sob critérios específicos, reduzindo riscos de litígio para o setor. A decisão impulsionou Fleury (FLRY3 +2,83%) e Rede D’Or (RDOR3 +2,13%).
No setor de alimentos, Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) caíram 6,70% e 2,17%, respectivamente, diante da fusão que dará origem à MBRF, com estreia prevista para 23 de setembro. Apesar do potencial de sinergias, o mercado adota postura cautelosa diante de dúvidas sobre integração e governança.
Já a Natura (NATU3) devolveu parte da disparada da véspera (-4,65%), quando anunciou a venda da Avon Internacional por valor simbólico de 1 libra esterlina, em acordo que pode render até 60 milhões de libras adicionais. Analistas consideraram o movimento positivo para simplificação da estrutura, embora a recuperação do core business siga como desafio.
As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:
Altas
• Eletrobras (ELET3): +3,16%
• Eletrobras (ELET6): +3,08%
• Fleury (FLRY3): +2,83%
• Usiminas (USIM5): +2,74%
• MRV (MRVE3): +2,20%
Baixas
• Marfrig (MRFG3): -6,70%
• Natura (NATU3): -4,65%
• Cosan (CSAN3): -4,46%
• Vamos (VAMO3): -3,31%
• Marcopolo (POMO4): -3,04%
EUA
Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:
• Dow Jones: +0,37%
• Nasdaq: +0,72%
• S&P 500: +0,49%
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