Ibovespa salta com Sabesp (SBSP3) e BTG (BPAC11), enquanto inflação reforça otimismo

Fonte: Shutterstock/Bigc Studio

O Ibovespa fechou a terça-feira (12) em alta de 1,69%, aos 137.914 pontos, registrando a maior valorização intradiária desde maio. O movimento foi impulsionado por dados de inflação no Brasil e nos EUA, além de fortes resultados de Sabesp (SBSP3) e BTG Pactual (BPAC11), enquanto Natura (NATU3) recuou.

No Brasil, o IPCA de julho subiu 0,26%, abaixo da expectativa de 0,37% e com desaceleração para 5,23% no acumulado de 12 meses. A queda foi puxada por alimentos e pela valorização do real, mas economistas alertam que serviços e núcleos seguem pressionados, sustentando a recomendação de cautela do Copom. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou continuidade na deflação de alimentos, citando a boa safra agrícola.

No cenário corporativo, a Sabesp (SBSP3) disparou 10,61%, atingindo R$ 122,74, nova máxima histórica, na maior alta intradiária desde 2022. O movimento veio após a companhia reportar um lucro 64% acima das projeções do mercado no 2º trimestre, impulsionado por forte redução de custos e ganhos de eficiência obtidos no processo pós-privatização.

O BTG Pactual (BPAC11) avançou 13,12%, maior alta do Ibovespa no dia e a mais forte valorização intradiária do banco desde 2020, rompendo sua máxima histórica ao fechar a R$ 45,27. O resultado foi sustentado por um lucro líquido ajustado de R$ 4,2 bilhões e ROE de 27,1%, ambos superando com folga as expectativas dos analistas, com desempenho acima do previsto em praticamente todas as áreas de negócio.

Já a Natura (NATU3) recuou 7,98%, liderando as perdas do índice, mesmo após anunciar avanço nas negociações para a venda da Avon International e divulgar lucro líquido de R$ 195 milhões no trimestre. O mercado, porém, reagiu ao fato de que o resultado ficou aquém das projeções e manteve a percepção de que a marca Avon ainda é um ponto de pressão relevante para a companhia.

Nos EUA, o CPI de julho avançou 0,2% no mês e 2,7% em 12 meses, levemente abaixo do esperado. O núcleo subiu 0,3% e acumula 3,1% em um ano. O resultado reforçou apostas de corte de juros pelo Fed em setembro, apoiadas também pela extensão da trégua tarifária entre EUA e China.

O otimismo externo, somado aos destaques positivos da temporada de balanços no Brasil, sustentou o bom humor no mercado e a maior alta do Ibovespa em mais de dois meses.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• BTG (BPAC11): +13,12%

• Sabesp (SBSP3): +10,61%

• Assaí (ASAI3): +7,18%

• Vamos (VAMO3): +4,80%

• Ultrapar (UGPA3): +4,65%


Baixas

• Natura (NATU3): -7,98%

• TIM (TIMS3): -2,43%

• Brava Energia (BRAV3): -1,89%

• Minerva (BEEF3): -1,79%

• Weg (WEGE3): -1,64%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +1,10%

• Nasdaq: +1,39%

• S&P 500: +1,13%


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