A semana de 03 a 09 de agosto foi marcada por acontecimentos políticos e econômicos relevantes.
No Brasil, no dia 06 (quarta-feira), entrou em vigor a tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros que não constam na lista de isenções. O impacto será mais significativo para setores como carnes, café, frutas e calçados. O governo brasileiro segue em negociações e prepara medidas de apoio, descartando, por enquanto, retaliações diretas.
Também foi divulgada a balança comercial brasileira, que registrou superávit de US$ 7,075 bilhões em julho, resultado 6,3% inferior ao do mesmo mês de 2024. Apesar da queda, o saldo superou as projeções de economistas, que estimavam um superávit de US$ 5,6 bilhões.
Maiores variações:
A RD Saúde (RADL3) liderou as altas da semana, com avanço de 28,83%, após apresentar recuperação no segundo trimestre de 2025. A companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 402,7 milhões, alta de 13% em relação ao mesmo período de 2024.
Na sequência, a Eletrobras (ELET3; ELET6) subiu 16,90%, mesmo após registrar prejuízo líquido de R$ 1,325 bilhão, revertendo lucro de R$ 1,743 bilhão no mesmo trimestre do ano anterior. O anúncio de dividendos intermediários no valor de R$ 4 bilhões impulsionou as ações.
Menores variações:
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) teve queda de 11,46%, após encerrar o segundo trimestre de 2025 com prejuízo líquido das operações continuadas de R$ 176 milhões, uma melhora de 35,5% frente à perda de R$ 272 milhões registrada no mesmo período de 2024.
A Raízen (RAIZ4) recuou 11,43%. A companhia, gigante do setor de energia e bioenergia, teve seu preço-alvo reduzido de R$ 3,50 para R$ 3,00 em relatório do BTG Pactual, que também projeta prejuízo de R$ 4,2 bilhões para o ano fiscal.
A Hypera (HYPE3) caiu 10,39%. A farmacêutica registrou lucro de operações continuadas de R$ 426 milhões no segundo trimestre, queda de 13,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A semana foi marcada por pressões externas, especialmente com a nova tarifa imposta aos produtos brasileiros, ao mesmo tempo em que indicadores comerciais e balanços corporativos mostraram desempenhos mistos, refletindo tanto oportunidades de recuperação quanto desafios para diferentes setores da economia.
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