Vivo (VIVT3): lucro despenca, mas vem dentro do previsto, e empresa anuncia dividendos

Recuo foi causado por um "reconhecimento de crédito fiscal no valor de R$ 1,4 bilhão"

Foto: Shutterstock/Alison Nunes Calazans

A Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), teve um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2022, o que equivale a um recuo de 57,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2021.

No balanço divulgado na noite de quarta-feira  (15), a empresa disse que o lucro do final de 2021 foi beneficiado pelo reconhecimento de um crédito fiscal bilionário, e que no quarto trimestre de 2022 a empresa não registrou este tipo de ganho. Daí o motivo para a queda brusca no lucro.

Tal crédito era referente a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a inconstitucionalidade da incidência do IRPJ (Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) sobre as correções à taxa Selic recebidas em razão de devolução de impostos recolhidos indevidamente.

A Vivo, porém, apresentou dados operacionais relativamente positivos. A receita líquida da empresa avançou 10,1% no quarto trimestre de 2022 em comparação com os últimos meses de 2021, para R$ 12,6 bilhões. Grande parte desse montante, R$ 8,8 bilhões, veio do negócio com telefonia móvel, o que representa alta de 13% na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 5,2 bilhões, ou 6,1% maior que o do quarto trimestre de 2021. A margem Ebitda ficou em 41,3%, resultado 1,5 ponto percentual (p.p.) abaixo do ano anterior.

Na avaliação de Bernardo Guttman e Marco Nardini, analistas da XP, a Vivo reportou resultados neutros e em linha com as estimativas no trimestre.

“A empresa reportou um sólido crescimento de receita. No entanto, a margem Ebitda caiu 1,5 p.p. na comparação anual devido a despesas operacionais acima do esperado”, destacaram os analistas em relatório.

Vivo anunciou dividendos

A Vivo também comunicou as datas em que irá pagar dividendos e JCP (juros sobre capital próprio) aos seus acionistas, caso a distribuição de resultados seja aprovada em assembleia geral em abril deste ano.

Caso o cenário proposto se confirme, a empresa pagará, ao todo, R$ 3,9 bilhões em dividendos referentes aos lucros de 2022. Veja:

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