Ibovespa renova recorde e embala rali com ajuda dos EUA

Fonte: Shutterstock/FeLopes

O Ibovespa voltou a fazer história nesta quarta-feira (3), encerrando o pregão aos 161.755 pontos, em alta de 0,41%, e reforçando o rali que vem tomando forma neste início de dezembro. O movimento encontra suporte em um ambiente externo mais favorável, depois que dados fracos do emprego privado nos Estados Unidos elevaram as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar juros já na próxima reunião. O setor privado americano fechou 32 mil vagas em novembro, contrariando a expectativa de abertura de cerca de 40 mil postos e evidenciando uma perda de força no mercado de trabalho, peça-chave para a estratégia monetária do Fed.

Esse pano de fundo fortalece a combinação que tem sustentado o rali atual: expectativa de juros menores nos EUA, possibilidade de início de cortes da Selic em 2026 e valorização do real diante de um dólar mais fraco. O alinhamento desses fatores trouxe de volta o tradicional “rali de Natal”, que costuma ocorrer apenas no fim do ano, mas que em 2025 se adiantou. Para parte dos analistas, ainda há espaço para mais alguns capítulos desse ciclo positivo no curto prazo.

Os ganhos do dia também foram impulsionados pelas commodities. O minério de ferro avançou na bolsa de Singapura e contribuiu para o salto da Vale (VALE3), que subiu 3,23% após atualizar suas projeções e receber elogios do BTG Pactual, que classificou o momento operacional da mineradora como o melhor em duas décadas. O petróleo acompanhou o movimento de alta no mercado internacional, favorecendo Petrobras (PETR4), que avançou 0,75%.

Outro destaque veio do setor de siderurgia, que disparou após relatos de que a China pode mirar um crescimento econômico de cerca de 5% em 2026, um sinal que reacende a expectativa de demanda firme por aço. Usiminas (USIM5) liderou as altas do índice, com ganho de 7,59%, seguida por CSN (CSNA3), que avançou 5,48%. O movimento ocorre em meio a estoques menores nos portos chineses e à expectativa de novos estímulos por parte do governo de Pequim.

No Brasil, indicadores domésticos também adicionaram tração ao mercado. O PMI de serviços subiu para 50,1 em novembro e voltou a sinalizar expansão depois de sete meses de contração. A leitura reflete melhora da demanda, criação moderada de empregos e confiança no maior nível em seis meses, embora persistam preocupações com custos elevados e possíveis impactos das eleições de 2026.

Entre as empresas, Prio (PRIO3) teve mais um pregão de forte desempenho ao registrar um salto de 55% na produção de novembro, para 138,8 mil barris diários, impulsionada pela conclusão da compra de uma fatia adicional no campo de Peregrino. As ações subiram 4,66%, apoiadas em avaliações positivas de analistas.

A performance corporativa também favoreceu Marfrig (MRFG3), que ganhou 4,23% após a ABPA elevar a projeção de exportações de frango em 2025. Já Braskem (BRKM5) avançou 4,19% diante do progresso nas negociações envolvendo a fatia da Novonor.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Usiminas (USIM5): +7,59%

• Magalu (MGLU3): +6,14%

• CSN (CSNA3): +5,48%

• Prio (PRIO3): +4,66%

• Marfrig (MBRF3): +4,23%


Baixas

• Direcional (DIRR3): -2,80%

• Bradesco (BBDC4): -2,76%

• Bradesco (BBDC3): -2,57%

• Assaí (ASAI3): -2,56%

• Eneva (ENEV3): -2,33%


Confira a evolução do IBOV no fechamento de hoje (03/12):

• Segunda-Feira (01): -0,29%

• Terça-Feira (02): +1,56%

• Quarta-Feira (03): +0,41%

• Na semana: +1,69%

• Em dezembro: +1,69%

• No 4°tri./25: +10,61%

• Em 12 meses: +28,24%

• Em 2025: +34,48%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia em alta:

• Dow Jones: +0,86%

• Nasdaq: +0,17%

• S&P 500: +0,30%


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