A Klabin (KLBN11), uma das maiores empresas de papel e celulose do mundo, passou a operar em queda no pregão desta sexta-feira (21), com o mercado digerindo a venda de 8 mil hectares de floresta, ou o equivalente a 3,2 milhões de metros cúbicos de madeira em pé, excluindo terras, por R$ 230 milhões.
Por volta das 11h30, a ação da companhia caía 0,39%, depois de ter começado o dia praticamente no zero a zero.
A venda de ativos por parte da empresa acontece quase dois meses após o mercado questionar o investimento de R$ 1,57 bilhão que a Klabin fará no Projeto Figueira, voltado para papel ondulado. Na visão dos analistas, o desembolso é alto demais e pode prejudicar a liquidez da empresa.
Para não gerar ruídos, diferentemente do Projeto Figueira, logo após a publicação do fato relevante na manhã desta sexta-feira (21), a Klabin tratou de divulgar uma apresentação mais detalhada da venda de florestas.
Em apresentação para analistas e investidores, a empresa afirmou que a iniciativa está alinhada à estratégia de abastecimento florestal e reforça sua diligente gestão de ativos, do custo da madeira e eficiência para alocação de capital.
A Klabin deixa claro que, diante do abastecimento do 1º ciclo de Puma II com madeira de terceiros, foi realizada a plantação de exatamente 8 mil hectares de madeira, ou seja, o mesmo número vendido, portanto, uma operação de monetização antecipada.
Além da venda de floresta, a Klabin firmou, concomitantemente, um contrato de opção de recompra com vigência até 2036 de até 2,2 milhões de metros cúbicos de madeira.