PIB fraco na China e minério de ferro em queda – o que importa hoje

Os investidores repercutem nesta sexta (15) dados de atividade divulgados na noite de ontem na China, que mostram que o país pagou o preço pelos lockdowns rigorosos realizados neste ano. A segunda maior economia do mundo desacelerou no segundo trimestre do ano, com um PIB (Produto Interno Bruto) crescendo somente 0,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A expectativa de especialistas é que o avanço ficasse entre 0,9% e 1%, e a divulgação reforçou a preocupação com uma recessão global. O mercado teme que o Federal Reserve terá que ser ainda mais agressivo com a política monetária nos EUA, em meio aos temores de mais desaceleração na Europa por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Por volta das 8h, os contratos futuros de minério de ferro em Cingapura eram negociados em queda de 1,52%.

Em abril, quando o índice diário de novas infecções na China estava perto de 14 mil, o país trancou a população de grandes cidades por quase dois meses em casa para baixar as contaminações, o que afetou particularmente o funcionamento do porto de Xangai.

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Por que isso importa? 

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e uma atividade mais fraca na segunda maior economia do mundo reduz a demanda e a oferta de matérias-primas e insumos. 

Mercados internacionais em alta

Apesar disso, os principais mercados internacionais operam em alta na manhã de hoje, mostrando alguma recuperação após as quedas dos últimos dias.

Os principais índices americanos estão no azul, à espera dos dados do varejo americano, que serão informados logo mais, e dos balanços do segundo trimestre dos bancos Wells Fargo e Citigroup.

Por volta das 8h, o Dow Jones subia 0,34%, o S&P 500 estava em alta de 0,26% e o Nasdaq era negociado com ganhos de 0,20%. O EuroStoxx 50, principal índice da Europa, estava em alta de 1,13%.