Após a Stone (STOC31) registrar um lucro líquido ajustado de R$ 132,2 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma queda de 29,4% na comparação anual, mas uma alta de 292% em relação aos últimos três meses de 2021, alguns bancos de investimentos estão otimistas com os próximos meses da companhia.
Em um relatório publicado nesta sexta-feira (3), o Itaú BBA considerou o período “melhor do que o esperado” impulsionado por uma taxa de aceitação mais alta. “As despesas operacionais superaram nossas estimativas, mas foram mais do que compensadas por maiores receitas”.
No primeiro trimestre, a receita total da Stone ficou em R$ 2,07 bilhões, uma alta de 138,6% em relação ao mesmo intervalo de 2021. Já as despesas encerraram o período em R$ 238 milhões, enquanto o custo de serviço totalizou R$ 674 milhões.
Para o futuro, o BBA analisa que a projeção da empresa de atingir uma receita entre R$ 2,15 bilhões a R$ 2,20 bilhões, valor 5% maior que o registrado nos primeiros três meses deste ano, é maior do que o esperado.
O BTG Pactual, por sua vez, vê a projeção fornecida pela Stone como inferior à sua. “A Stone vê um lucro ajustado antes de impostos superando R$ 185 milhões, que está 10% abaixo de nossas expectativas, mas supera os R$ 163 milhões registrados no primeiro trimestre”.
Já o BofA (Bank of America) viu os números do primeiro trimestre em linha com as expectativas. No entanto, o banco destaca que uma decisão não agradou. E justamente aquele que pegou o mercado de surpresa. A saída de Eduardo Pontes, um dos co-fundadores da companhia, que informou que está se afastando da administração e vendendo suas ações da empresa.
Apesar da tendência de melhora na rentabilidade, o desempenho da Stone ainda deve ser limitado, por isso o BofA reduziu o seu preço-alvo para as ações de US$ 17 para US$ 14, mantendo a recomendação neutra, para incorporar o maior custo de capital e as incertezas em torno da companhia.
Nesta sexta-feira, os BDRs (Brazilian Depositary Receipt) da empresa, espelhado na Bolsa Brasileira pelo ticker STOC31, subiram 3,98%, enquanto as ações negociadas nos Estados Unidos registraram alta de 1,34%.
Para o BTG, a alta das ações da Stone está apoiada nos resultados de vendas do primeiro trimestre. Na visão do banco, a Stone conseguiu “orientar a recuperação da lucratividade” no período.
No primeiro trimestre do ano, o volume de pagamentos processados da Stone somou R$ 83,2 bilhões, uma alta de 63,1% na base anual, enquanto o volume de micro, pequenas e médias empresas cresceu 93,3%, para R$ 63,4 bilhões.