Acabou o dinheiro? Como as empresas que mais captaram nos últimos IPOs têm usado a grana

O ano de 2021 foi histórico para a Bolsa de Valores, com a realização de 46 IPOs

Foto: Shutterstock

O IPO (oferta pública inicial) é um procedimento que uma empresa realiza para abrir capital, para poder comercializar parte de suas ações na Bolsa.

Para a companhia, o movimento é uma oportunidade para captar recursos. Já para os investidores, é a chance de se tornar sócio de uma grande empresa e receber parte dos lucros gerados.

O ano de 2021 foi histórico para B3 em termos de IPOs. Foram 46 empresas que abriram capital naquele ano, o maior volume desde 2007, quando houve a entrada de 64 novas companhias.​

Os valores movimentados ultrapassaram o patamar de R$ 65 bilhões, 46% superior aos R$ 44,5 bilhões transacionados em 2020.

Os cinco maiores IPOs de 2021 representam 45,8% deste valor e, juntos, movimentaram R$ 20,4 bilhões entre ofertas primárias (recursos captados vão para o caixa da empresa) e secundárias (recursos captados são direcionados para os acionistas vendedores).

Em 2022, a B3 ainda não foi palco de nenhum IPO. Em razão do cenário de aumento de juros e incertezas no mercado doméstico e internacional, ampliadas após a guerra da Ucrânia, as empresas que tinham planos de abrir capital preferiram desistir ou adiar esse momento. Portanto, os IPOs mais recentes ainda são de 2021.

Mas o que essas empresas têm feito com o dinheiro que levantaram nos IPOs? Investiram em tecnologia, fizeram aquisições, usaram para amenizar momentos de dificuldade? Confira uma análise dos 5 maiores IPOs de 2021.

01. Raízen (RAIZ4) – R$ 6,9 bilhões

Criada por meio de um empreendimento em conjunto (join venture) entre Cosan (CSAN3) e Shell, a Raízen está entre as maiores produtoras de cana de açúcar e etanol do mundo.

A empresa atua em três segmentos que podem ser classificados como:

  • Renováveis: Produção, originação e comercialização de etanol, bioenergia e outros produtos renováveis;
  • Açúcar: Produção, originação e comercialização de açúcar;
  • Marketing e Serviços: Distribuição de combustíveis e atuação no mercado de conveniência e proximidade, por meio das marcas Shell e OXXO.

Com o IPO realizado no dia 4 de agosto de 2021, a empresa atraiu atenção de fundos internacionais especializados em energia e, com isso, captou R$ 6,9 bilhões em recursos.

A empresa teve como plano utilizar os recursos captados em investimentos na própria empresa, para otimizar as operações. Sendo que 80% do valor captado seria destinado à construção de novas plantas para expandir a produção de produtos renováveis e aumentar capacidade de comercialização.

Do restante, 15% seriam utilizados em investimentos para melhorar eficiência nos parques de bioenergia e 5% em investimentos com infraestrutura de armazenagem e logística, para suportar o crescimento do volume comercializado de renováveis e açúcar.

Caixa atual e saída de caixa

A empresa apresentou um caixa robusto de R$ 8,3 bilhões no trimestre de fechamento da safra 2021/2022, com números atualizados até o dia 31 de março. O montante reportado foi 215% superior ao do mesmo período na safra 2020/2021.

Este montante é reflexo de uma forte geração de caixa por meio de operações do segmento de Marketing & Serviços e da captação líquida de R$ 6,7 bilhões no IPO.

Ao termino do ano-safra 2021/2022, a empresa acumulou investimentos de R$ 7,7 bilhões, que podem ser divididos em dois segmentos: Agroindustrial e Marketing & Serviços.

O segmento agroindustrial, composto pelas atividades de açúcar e energias renováveis, contou com cerca de R$ 5,7 bilhões em investimentos.

A maior parte dos investimentos, R$ 4 bilhões (71,3%), foi direcionada à manutenção da produção com a entrada da entressafra, que foi afetada pelo aumento dos preços dos insumos e ocasionou maior custo unitário no plantio e trato.

Do R$ 1,6 bilhão restante, R$ 930 milhões (12,4%) foram destinados para o operacional em investimentos em saúde, segurança, meio ambiente e logística e os outros R$ 697 milhões, para projetos.

Dentre os projetos, é possível destacar a aceleração das obras da planta de Etanol de segunda geração (E2G), que encerrou o ano safra 2021/2022 com R$ 201 milhões investidos. Além disso, está previsto o início de mais duas obras, o que levará a três plantas em fase de construção no período de 2022/2023.

A empresa também investiu cerca de R$ 2 bilhões em expansões no segmento de Marketing & Serviços, representados pela rede de postos Shell e conveniências OXXO. Foram 164 novas lojas inauguradas no Brasil e Argentina ao longo dos últimos 12 meses, totalizando mais de 1,5 mil lojas.

Além disso, a rede de postos atingiu um total de 7.912 unidades, com a adição de 548 postos nos últimos 12 meses, sendo que 349 foram da recente aquisição da distribuidora de combustíveis paraguaia Barcos y Rodados, por US$ 130 milhões.

Para a nova safra 2022/2023, que se inicia dia 1º de abril, a empresa projeta investimentos entre R$ 10,5 bilhões e R$ 12 bilhões, sendo que a maior parte — cerca de R$ 9 bilhões — deve ser alocada na divisão de renováveis e açúcar.

Além dos investimentos realizados, a empresa desembolsou cerca de R$ 10,7 bilhões em atividades de financiamento. Pode-se destacar a utilização de R$ 6,7 bilhões em amortização de dívidas com terceiros e R$ 2,4 bilhões em pagamentos de arrendamento.

Segundo dados compilados pela Refinitiv e apresentados na plataforma TradeMap, a recomendação é unânime de compra. Dos 12 analistas consultados, todos recomendaram compra do papel e, pela mediana das estimativas de preço-alvo, há uma potencial valorização de 39,34%, para R$ 8,50.

Desde o IPO, realizado há nove meses, a empresa acumula queda de 14,08%.

02. CNS Mineração (CMIN3) – R$ 5,2 bilhões

Controlada pela CSN Siderurgica (CSNA3), a CSN Mineração tem como principal atividade a produção, compra e venda do minério de ferro e se destaca por ser a segunda maior exportadora do insumo do Brasil.

A empresa detém as minas de Casa de Pedra e do Engenho localizadas em Minas Gerais. A empresa conta, também, com o Terminal de Carvão (TECAR) responsável pelas exportações do minério e importações de carvão, localizado no Porto de Itaguaí no estado do Rio de Janeiro.

A empresa, no dia 18 de fevereiro de 2021, lançou seu IPO que movimentou cerca de R$ 5,2 bilhões e figurou entre os 10 maiores da história da B3 em volume. Do total, a empresa embolsou R$ 1,37 bilhão, recurso que seria destinado a acelerar os projetos de aumento de capacidade, tais como o projeto Itabirito P15 e Projetos de Recuperação de Rejeitos da Barragem Pires e Casa de Pedra.

Caixa atual e saída de caixa

No fim do primeiro trimestre de 2022, a empresa contava com R$ 6,58 bilhões em caixa, incluso os recursos captados na emissão primária de ações, 126,9% maior do que o reportado no último trimestre de 2020, período imediatamente anterior ao IPO.

No fechamento do ano de 2021, a empresa reportou saída de caixa no valor de R$ 5,7 bilhões, utilizados em atividades de investimentos e financiamentos.

No ano de 2021, a empresa usufruiu, desse caixa, cerca de R$ 1,4 bilhão, montante quase equivalente ao captado na abertura de capital, em investimentos direcionados para os projetos de expansão, como reportado no prospecto do IPO, e em equipamentos para as operações de Casa de Pedra, como caminhões, motoniveladoras e escavadeiras.​

Já na área de financiamentos, em 2021, a empresa utilizou R$ 651 milhões para recompra de ações, distribuiu R$ 3,2 bilhões em dividendos e R$ 404 milhões em juros sobre o capital próprio para os acionistas, e quitou cerca de R$ 106 milhões em dívidas e arrendamentos.

Neste primeiro trimestre de 2022, a empresa já havia investido R$ 289 milhões em projetos ligados à melhoria de qualidade, à expansão do porto e à capacidade de produtiva.

Para 2022, a empresa tem planos de investimento de R$ 4 bilhões direcionados em cinco projetos de expansão e um projeto para melhoria de qualidade.

Já no longo prazo, a empresa espera investir cerca de R$ 12 bilhões até 2026 em continuidade com esses planos de expansão.

Segundo dados compilados pela Refinitiv e apresentados na plataforma TradeMap, a maioria tem uma visão positiva. Dos 12 analistas consultados, cinco recomendam compra, quatro recomendam manutenção e três optam por indicar a venda do papel.

Tomando como base a mediana das estimativas de preço-alvo, de R$ 7,65, o papel tem uma valorização potencial de 57,73%. Desde o IPO, realizado em fevereiro de 2021, a empresa acumula queda de 46,52%.

03. Grupo Oncoclínicas (ONCO3) – R$ 3,1 bilhões

O grupo atua na área de gestão e administração de serviços de saúde voltados para o tratamento de câncer.

Atualmente o grupo atua em 12 estados brasileiros e conta com 91 unidades de atendimento, com especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia, hematologia e transplante de medula óssea, cuidados complementares, entre outros serviços.

No dia 10 de agosto de 2021, a empresa estreou na Bolsa e movimentou R$ 3,1 bilhões. A captação de recursos para a empresa foi de R$ 1,8 bilhão por meio das emissões de ações primárias.

Na abertura foi disponibilizada uma oferta de 135 milhões de papéis: 90 milhões em oferta primária (quando os recursos são direcionados para empresa) e 65 milhões em oferta secundária, quando os recursos captados vão para os sócios vendedores da ação.

O prospecto apresentado pela empresa reportava que os recursos captados seriam destinados para três principais investimentos:

  • 75% em investimentos para aquisições, sendo que 40% para novas aquisições e 35% para aquisições já em andamento;
  • 15% para expansão e melhorias internas;
  • 10% em capital de giro para fortalecer o caixa.

Caixa atual e saída de caixa

No fechamento do primeiro trimestre de 2022 a empresa contava com um caixa líquido de R$ 1,5 bilhão: R$ 550 milhões em caixa e disponíveis e R$ 933 milhões em títulos de valores mobiliários (TVM). 

O caixa apresentado pela empresa é quatro vezes maior do que o caixa correspondente ao segundo trimestre de 2021, período imediatamente anterior à captação dos recursos do IPO.​

Durante o ano de 2021, o total gasto com investimentos gira em torno de R$ 889,6 milhões, se excluído os R$ 1,4 bilhão em TVM e acrescentados os pagamentos de aquisições de R$ 291 milhões.

Segundo a empresa, os investimentos foram direcionados para melhorias internas, como aquisição de máquinas, reformas, infraestrutura, entre outros e para pagamento de parcelas de cinco aquisições:

  1. R$ 278,5 milhões – Complexo Hospitalar Uberlândia (UMC)
  2. R$ 150,5 milhões- Participação de acionistas minoritários
  3. R$ 121,6 milhões – Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom)
  4. R$ 68,5 milhões – Hospital Vila da Serra
  5. R$ 41,9 milhões – Oncobio

Já no primeiro trimestre de 2022, a empresa movimentou R$ 303,7 milhões, excluídos investimentos em TVM e acrescentadas as parcelas das aquisições. 

O valor direcionado às parcelas de aquisições se dividem da seguinte forma:

  1. R$ 145 milhões – Clínica de Assistência à Mulher (CAM) e Clínico de Oncologia (CLION)
  2. R$ 104,1 milhões – Centro de medicina integrado de Sergipe Eireli (Cemise)
  3. R$ 15,3 milhões – Cebrom
  4. R$ 4 milhões – Microimagem

Além da conclusão da aquisição do CAM/Clion e Cemise, a empresa adquiriu, por US$ 5,75 milhões, 49% em participação da empresa espanhola Medsir (Medica Scientia Innovation Research S.L.).

Em 2021, as saídas de caixa relacionadas às atividades de financiamento totalizaram cerca de R$ 850 milhões, sendo as principais saídas:

  • R$ 505,8 milhões em pagamentos de empréstimos e financiamentos
  • R$ 148,3 milhões em pagamentos de parcerias
  • R$ 128,8 milhões em juros pagos sobre empréstimos, aquisições e arrendamentos

Em relação às atividades de financiamento no primeiro trimestre de 2022, foram desembolsados R$ 189 milhões em pagamentos a terceiros.

  • R$ 148,9 milhões em pagamentos de empréstimos e debêntures
  • R$ 13 milhões em pagamentos de parcerias
  • R$ 27,1 milhões em outros pagamentos

Dos oito analistas compilados pela Refinitiv e apresentados na plataforma TradeMap, um recomenda forte compra, seis recomendam compra e apenas um prefere a manutenção do papel. 

A mediana das projeções de preço-alvo é de R$ 18,00, uma valorização potencial de 226,68%. Desde a abertura de capital, a empresa acumula queda de 70,88%.

04. Smartfit (SMFT3) – R$ 2,6 bilhões

Smartfit Escola de Ginástica e Dança é líder do mercado de academias na América Latina e a quarta maior do mundo, atrás apenas de redes americanas. A empresa conta com 1090 unidades e está presente em 14 países da América Latina.

No dia 14 de julho de 2021 a empresa concluiu o IPO e arrecadou R$ 2,64 bilhões no lançamento do IPO, sendo R$ 2,3 bilhões por meio da oferta de 100 milhões de ações e R$ 345 milhões por meio de um lote suplementar de 15 milhões de ações (contrato que dá opção para o banco intermediador comprar um lote extra de até 15% e disponibilizar para o mercado).

Segundo prospecto da empresa, estes recursos seriam direcionados em quatro diferentes áreas na seguinte proporção:

  • 70% em expansão, com abertura de novas unidades da SmartFit
  • 14,1% em aquisições estratégicas
  • 10,8% na aquisição na totalidade das ações da SmartEXP (escola de ginástica e dança)
  • 5% em iniciativas para o desenvolvimento e fortalecimento do Ecossistema Fitness

A empresa, no primeiro trimestre 2022, oito meses após o IPO, encerrou o período com um caixa de R$ 3,5 bilhões, 281% superior aos R$ 908 milhões do mesmo período de 2021.

A robusta liquidez financeira foi ocasionada pela captação de R$2,6 bilhões na oferta pública primária de ações e mais de R$2 bilhões em captações de empréstimos nos últimos 12 meses, que proporcionaram a elevação da posição de caixa e alongamento dos vencimentos da dívida.

No ano de 2021, a empresa utilizou o caixa em atividades de investimentos no valor de R$ 2,34 bilhões, sendo que R$ 1,6 bilhão foram para aplicações financeiras de títulos e valores mobiliários.​

Se excluídos estes investimentos em aplicações, o total de investimentos fica em R$ 745 milhões, 26% superior em comparação com 2020. Estes investimentos foram alocados da seguinte forma:

  • R$ 503 milhões em abertura de 109 novas unidades próprias
  • R$ 72 milhões em manutenção das unidades já existentes
  • R$ 36 milhões em inovação, digitalização de serviços e melhorias para o cliente
  • R$ 135 milhões que foram inclusos nos resultados de investimentos realizados pela SmartEXP antes de sua aquisição pela Smartfit

No ano de 2022, após o fechamento deste primeiro trimestre, a empresa reportou investimentos de cerca de R$ 213 milhões, que se dividem da seguinte forma:

  • R$ 191,8 milhões em abertura de 25 unidades próprias
  • R$ 16,5 milhões em manutenção
  • R$ 5 milhões em inovação e digitalização

Nas atividades de financiamento, a empresa teve um total de saídas de R$ 1,26 bilhão. A proporção foi de 77% — cerca de R$ 970 milhões –, direcionados para pagamentos de empréstimos e custos e 23% para pagar arrendamentos, no montante de R$ 286 milhões.

Já as atividades de financimento no primeiro trimestre de 2022 movimentaram R$ 111,9 milhões em pagamentos de empréstimo de curto prazo e R$ 98,7 milhões em arrendamentos.

Segundo dados compilados pela Refinitiv e apresentados na plataforma TradeMap, a recomendação dos seis analistas consultados é unânime de compra.

A mediana do preço-alvo é de R$ 27,25, com uma valorização potencial de 91,09%. Desde o IPO, a empresa acumula uma queda de 55,87%.

05. MPM Corpóreos (ESPA3) – R$ 2,6 bilhões

A MPM corpóreos atua no setor de estética, principalmente no segmento de depilação a laser. A empresa está presente em todos os estados brasileiros com a marca Espaçolaser, na Argentina com a marca Definit e no Chile com a marca Cela by Espaçolaser. Além disso, a empresa atua no segmento de estética facial por meio da marca Estudioface localizada no Brasil.

A empresa estreou na Bolsa no dia 2 de fevereiro de 2021 e movimentou cerca de R$ 2,6 bilhões, sendo que R$ 1,2 bilhão foi para o caixa da empresa (oferta primária) e R$ 1,4 bilhão, de oferta secundaria.

No prospecto entregue para Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para abertura de capital, a empresa reportou que a destinação dos recursos seria para:

  • Aquisição de participação societária remanescente em sociedades controladas da companhia;
  • Aquisição de dez sociedades franqueadas da companhia, que possuem 78 franquias.

Caixa atual e saída de caixa

No fechamento do primeiro trimestre de 2022, a empresa reportou R$ 131 milhões em caixa e equivalentes, 8,58% menor que os recursos disponíveis — de R$ 143,4 milhões — no fim do ano de 2021 e 12% menor que no inicio do ano de 2021.

Durante o ano de 2021, a empresa desembolsou em atividades de investimentos R$ 1,5 bilhão em aquisições de controladas e R$ 100 milhões em aquisições em bens de capital (Capex), investimento em que a empresa aplica os recursos em si mesma, como, por exemplo, com a compra de máquinas e equipamentos.

Por meio dos recursos captados no IPO, a empresa, em fevereiro, adquiriu cerca de 20 empresas controladas que somam mais 219 lojas em seu portfólio. Os recursos remanescentes da captação foram utilizados na aquisição de 100 franquias da própria rede para expandir o crescimento em áreas onde apenas franqueados tinham permissão para atuar.

Sendo assim, a aquisição dos franqueados permitiu que a empresa tivesse o direito de atuar em áreas onde não atuava, o que acelerou o processo de expansão da rede Espaçolaser. A MPM Corpóreos abriu 157 unidades da Espaçolaser e expandiu a presença em regiões como Nordeste, Centro-Oeste e Norte.​

A empresa atingiu um total de 729 lojas da Espaçolaser no final do ano de 2021, aumento de 27,45%, em comparação com as 572 lojas ativas no último trimestre de 2020.

Já no mês de maio, a empresa concluiu a aquisição de 66,7% da Centro Estético Laser Alemán (CELA), empresa de estética localizada no Chile, por US$ 4,6 milhões, dos quais US$ 1,5 milhão foram pagos à vista e US$ 3,1 milhões em 36 parcelas mensais.

Além disso, a empresa acelerou as aberturas de lojas na Argentina e Colômbia, acrescentando sete e seis lojas, respectivamente. Portanto, a empresa expandiu as atividades internacionais e alcançou a marca de 36 lojas no exterior, 29 lojas a mais do que no último trimestre de 2020.

Ao virar o ano, no primeiro trimestre de 2022, a empresa utilizou cerca de R$ 67,9 milhões em atividades de investimentos, dos quais R$ 43,7 milhões foram alocados em aquisições de controladas e R$ 24,2 milhões em aquisições de bens de capital (Capex). Por meio dos recursos utilizados, a empresa incrementou para o portfólio mais 25 novas lojas, sendo 14 lojas próprias e 11 franquias.

Já em relação às atividades de financiamentos, as principais saídas de caixa, em 2021, foram para pagamentos de empréstimos e financiamentos (R$ 234 milhões), contraprestação de arrendamentos (R$ 27 milhões) e dividendos pagos (R$ 34,7 milhões).

No primeiro trimestre de 2022, as atividades de financiamento foram responsáveis por R$ 78,9 milhões direcionados para pagamentos de empréstimos e financiamento (R$ 67,8 milhões) e constraprestação de arrendamentos (R$ 11,1 milhões).

A recomendação dos analistas compilados pela Refinitiv e retirados da plataforma TradeMap é unânime de compra. O papel apresenta uma valorização potencial de 284,62%, baseado na mediana do preço-alvo de R$ 11,50. Desde o IPO, realizado em fevereiro de 2021, a empresa acumula uma queda de 85,76%.

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