A riqueza tem muitas definições para além da relacionada ao volume de dinheiro propriamente dito. Mas, na maioria das vezes, a riqueza monetária é o que nos dá tranquilidade e liberdade para desfrutar da vida com segurança e conforto.
Já notou a importância que os recursos financeiros possuem em nossas vidas? Resta-nos a pergunta: “como conseguir uma quantidade de grana suficiente para poder ter a chamada liberdade financeira?”.
Neste artigo, você vai aprender que existem princípios milenares que muitos milionários vêm utilizando ao longo dos anos para atingir seus objetivos financeiros. E fique tranquilo: não vou lhe falar para ficar apenas na mentalização. Aqui teremos prática!
Origem
Há muitos milênios, havia uma cidade, a Babilônia, que foi considerada a mais rica que já existiu. Falou-se muito do porquê de aquela civilização possuir tanta riqueza, já que naquele período não existia qualquer tipo de conhecimento sobre educação financeira. Mas é nessa parte que muita gente se engana.
Os conceitos formados para uma educação em relação à gestão do dinheiro poderiam até não existir. No entanto, o que aquela civilizalção possuía era mais profundo e um pouco mais disciplinado. Ela tinha enraizado vários princípios não só para lidar com o dinheiro, mas para multiplicá-lo e, o mais importante, para não ser gananciosa.
Todos os segredos da riqueza da Babilônia e muitos outros insights estão no livro de George Samuel Clason, “O homem mais rico da Babilônia”. O texto tem leitura bem dinâmica, com associação de história e ensinamentos valiosos.
Vamos aprender então quatro dos sete princípios que tornaram essa cidade rica e próspera.
Pague-se primeiro
“O ouro vem de bom grado e numa quantidade crescente para toda pessoa que separa não menos que um décimo de seus ganhos, a fim de criar um fundo para si próprio e para sua família.”
Este é o primeiro princípio babilônico. Ele é extremamente forte principalmente se considerado que a segurança e o conforto de seu futuro e de sua família dependem do que você faz hoje com seu dinheiro. Pense que existe um “eu” do futuro para quem você deve uma quantidade de dinheiro e que todos os meses você deve pagá-lo pelo menos o equivalente a um décimo de seus ganhos.
Seguindo essa prática, você terá a garantia de não ser pego de surpresa por algum imprevisto. Em conceitos modernos, você terá uma reserva de emergência, da qual já falei no artigo Do mil ao milhão: a trajetória de todo investidor.
Multiplique seu dinheiro
“Ponha cada moeda para trabalhar de modo que possa reproduzir-se como algodão nos campos e trazer-lhe lucro, um rio de riqueza fluindo constantemente para dentro de suas bolsas.”
Agora, neste estágio, você já terá uma reserva para imprevistos. Apesar de isso ser um grande avanço na vida financeira, não será suficiente para aumentar o seu patrimônio e alcançar a tão sonhada liberdade financeira.
Para chegar ao patamar de tranquilidade desejado, você vai precisar construir a chamada renda passiva. Nada mais é que um dinheiro pingando na sua conta que não exige nenhum esforço além daquele que já foi despendido no início para ganhar e depois aplicar o tão suado dinheirinho.
Não perca dinheiro
“O ouro busca a proteção do proprietário cauteloso que o investe de acordo com o conselho de homens sábios em seu manuseio.”
Não é só sua vida cotidiana que tem armadilhas. No mundo dos investimentos, também há muitas delas. Melhor se proteger contra as pegadinhas do mercado, escutando pessoas mais experientes e com histórico de resultados.
As pessoas sábias do mercado poderão dizer o que você não deve fazer para preservar capital. Além disso, poderão ensiná-lo a tomar as melhores decisões com o objetivo de crescimento ao longo do tempo, sem ter perdas significativas.
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Ganância jamais
“O ouro escapa ao homem que o força a ganhos impossíveis ou que dá ouvidos aos conselhos enganosos de trapaceiros ou fraudadores ou que confia na própria inexperiência e desejos românticos na hora de investi-lo.”
Aposto que você já ouviu que a ganância gera prejuízo. E vou te dizer que não é pouco. Só em 2019, segundo o G1, 11% dos brasileiros caíram em algum investimento fraudulento, seja pirâmide ou por um robô que gera supostamente um retorno de 30% ao mês.
Para escapar de estatísticas desses golpes, é necessário ser cético quanto a promessas de ganhos fáceis e rápidos. Se fosse verdade, a informação provavelmente nem chegaria a você, ficaria restrita a pouquíssimas pessoas.
Os babilônios, há milênios, já tinham a ciência de que não existem atalhos para a riqueza. Esse também deve ser um princípio para ficar gravado na sua mente e replicado ao longo de sua vida.